Gastrectomia vertical após bipartição do trânsito intestinal isolada. Análise dos resultados da operação completa em superobeso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: FURTADO, Mariana Camara Martins Bezerra
Orientador(a): RABELO FILHO, Lucio Vilar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55629
Resumo: Uma das maiores preocupações em operar superobeso (SO) é seu risco aumentado para complicações cirúrgicas. Diante dessa preocupação, foi criada a cirurgia em dois tempos como estratégia para perda de peso e controle das comorbidades, propiciando melhores condições, antes do segundo tempo cirúrgico. No primeiro tempo cirúrgico é feita a bipartição de trânsito intestinal isolada (BTII) como uma alternativa simples para a derivação biliopancreática e, no segundo tempo, é acrescentada a gastrectomia vertical (GV). Avaliar resultados de perda de peso após a complementação da bipartição intestinal isolada com a GV. Foram incluídos 41 pacientes SO, com índice de massa corporal (IMC) médio inicial de 54,72 ± 3,23kg/m2. Uma BTII laparoscópica foi realizada como o primeiro procedimento em uma nova abordagem em duas etapas. Com intervalo mínimo de doze meses, foi realizado o segundo tempo cirúrgico. Perda de peso e ocorrência de diarreia foram analisadas entre 2015 e 2021. 85,3% dos participantes eram do sexo feminino e 14,7% do sexo masculino, com média de idade de 42 ± 10 anos. A média de peso inicial era de 135,58 ± 15,61kg. Houve diferença significativa, nos dois tempos cirúrgicos, em relação ao %TPP (Percentual Total de Peso Perdido) e %EPP (% Percentual do Excesso de Peso Perdido) comparando-se os tempos de 6 meses com 3 meses (p<0,001), bem como o tempo de 12 meses comparando com 3 meses (p<0,001). Após 12 meses de acompanhamento do primeiro tempo cirúrgico, as médias do %TPP e a média do %EPP, foram de 15,49±7,10% e 28,90±14,11% respectivamente, e o percentual de redução do IMC e foi de 15,49±6,99%. Já 12 meses após o segundo tempo cirúrgico, as médias do %TPP e %EPP foram de 39,85 ± 5,98% e 74,13 ± 13,08%. 75,65% dos pacientes relataram ter apresentado diarreia. Não foram encontrados casos graves de diarreia, anemia, nem deficiências de vitamina B12 e vitamina D. A estratégia cirúrgica em dois tempos mostrou-se reprodutível, e leva à redução importante do excesso de peso, sendo uma alternativa útil para o tratamento cirúrgico de pacientes obesos de alto risco.