Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Denis Gonçalves [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65990
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Resumo: |
O dano na barreira intestinal contribui para a patogênese da inflamação sistêmica e progressão de muitas doenças humanas, incluindo a doença renal. De fato, o eixo microbiota-intestino-rim vem ganhando força como um possível mecanismo na fisiopatologia das doenças renais. No entanto, a maioria dos estudos se concentram nas alterações da microbiota intestinal e seus metabólitos em doenças renais crônicas, deixando de lado as doenças glomerulares/podocitárias em estágios iniciais, como na glomeruloesclerose segmentar focal (GESF). Neste estudo, exploramos a inter-relação entre a disfunção glomerular renal, as possíveis alterações na microbiota e no microambiente intestinal. Camundongos Balb/c machos foram submetidos ao protocolo de depleção de microbiota por 14 dias. Em seguida, foram induzidos quimicamente a desenvolver GESF por Doxorrubicina (DOX) e avaliados por mais 14 dias. Em outro experimento, sem a prévia depleção de microbiota, camundongos foram induzidos quimicamente a desenvolver glomerulopatia e foram avaliados por 30 dias. A DOX causou lesões histopatológicas renais, com diminuição do número de podócitos por glomérulo, disfunção da barreira glomerular e proteinúria, além de uma progressão, após 30 dias, para uremia. Por outro lado, os camundongos que tiveram sua microbiota intestinal previamente depletada exibiram melhor função da barreira glomerular com a indução da glomerulopatia, com níveis mais baixos de proteinúria e sem alterações estruturais no rim. Além disso, a depleção da microbiota intestinal alterou a relação Th1/Th2 no tecido renal após a glomerulopatia, principalmente pela redução de TNF e MCP-1 e pelo aumento de IL-6. Interessante, após 30 dias, o dano glomerular foi associado a alterações histológicas no cólon intestinal, com níveis aumentados de massa celular amorfa e níveis diminuídos de claudina-1 no cólon intestinal. Tais alterações também foram correlacionadas com a disbiose da microbiota intestinal, principalmente com o aumento do filo Verrucomicrobia, principalmente pelo gênero Akkermansia sp. (conhecida por ter espécies degradadora de muco), juntamente com a redução da camada de muco intestinal, permitindo que a microbiota intestinal se aproximasse das células epiteliais intestinais. Sem precedentes, nosso trabalho demonstra uma relação entre o desenvolvimento e a progressão de uma glomerulopatia com inflamação intestinal, disbiose e alterações estruturais do cólon intestinal, associando um efeito protetor renal significativo com depleção da microbiota. Esses resultados fornecem novas informações que sustentam a importância do eixo microbiota-intestino-rim, levantando várias questões e ideias a serem desenvolvidas. |