Análise dos grupos de pacientes submetidas a parto cesáreo na Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu a partir de uma classificação de Robson modificada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ikeda, Ligia Mitie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192349
Resumo: Introdução: A classificação de Robson tem sido utilizada para avaliação das taxas de cesáreas no mundo. Recomenda-se que cada localidade adapte a classificação original de acordo com suas necessidades. Objetivos: Analisar os casos de cesáreas realizadas na Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu utilizando uma classificação baseada nos 10 grupos de Robson, modificada a partir da inclusão de subgrupos e analisar os resultados a partir das recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. Métodos: Foi um estudo prospectivo com pacientes admitidas para assistência ao parto, no período de 01 de junho 2018 e 31 de maio de 2019. Uma planilha foi desenhada para a coleta dos dados e a classificação dos grupos foi elaborada a partir da classificação de Robson, modificada pela inclusão de subgrupos com métodos de indução e momento da indicação da cesárea. Resultados: Foram analisados 1823 partos, sendo 810 (44%) cesáreos. Houve 35,6% de primigestas, 19,5% de uma cesárea prévia e 15,4% de prematuros. O grupo 5, com maior número, teve 435 pacientes (23,8%), seguido do grupo 3, 422 (23,1%) e do grupo 1, 316 (17,3%). O grupo 5 teve maior número de cesáreas, 305 (37,6%). O grupo 2 teve 128 (15,8%). As iterativas totalizaram 19%. Indução do trabalho de parto teve 55,0% de sucesso. Entre pacientes com comorbidades, 60,5% tiveram cesárea. Comorbidades obstétricas mais frequentes foram: pré-eclâmpsia (12,7%), diabetes gestacional (8,4%) e restrição de crescimento fetal (5,7%). Dentre os diagnósticos clínicos, hipertensão arterial crônica (7,1%) e obesidade (4%). As cesáreas por impossibilidade de garantir a vitalidade fetal compreenderam 18,9%. Cesáreas a pedido constituíram 14,1%. Conclusão: Como primeira análise baseada na classificação de Robson, ela permitiu ampliar nossa visão quanto aos casos de partos cesáreos em geral e quanto àqueles relacionados à indução do trabalho de parto nesta maternidade.