Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Júnior Leandro [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62493
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Resumo: |
Empoderamento e Net-ativismo: essas palavras possuem sentidos grandiosos quando as relacionamos com a Educação, principalmente com a imersão dos atores no contexto educacional (docentes, estudantes, currículo, TDIC - Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, Leis e Diretrizes) e suas constantes transformações. E, em um mundo onde os processos de globalização, tendem a ser cada vez mais homogeneizantes, pensar em uma rede ou rizoma que conecta o diferente é crucial, e as práticas educacionais não ficam offline nesta rede. Assim, essa pesquisa, de caráter qualitativo, conectou-se com o quadrante Formação Docente, TDIC, Net-ativismo e Currículo Tecnologias para Aprendizagem da rede municipal de São Paulo como objetos de análise. A análise documental ergueu-se em meio aos indicadores: concepções e características da Formação Docente; Influência das TDIC nas práticas docentes através da análise de discursos de professores em uma comunidade da rede social Facebook; teorização do net-ativismo, empoderamento e ativismo docente intermediando com o Currículo Tecnologias para Aprendizagem (TPA) diante das necessidades de uma escola produtora de conhecimento e, portanto, de culturas. Diante dos dados analisados e, em consonância com o referencial teórico, indica-se algumas considerações: os discursos presentes no currículo TPA ainda são incipientes em relação à formação docente, sendo o foco a autonomia e autoria dos estudantes; os discursos dos docentes no Facebook destacam a fragilidade de projetos, práticas e cursos formativos relacionados às TDIC; além disso, para alguns docentes, receber um currículo dado como uma “receita” para ser aplicada ainda permanece em suas concepções; o grupo de professores do Facebook, diante da perspectiva do net-ativismo e empoderamento, tinha um caráter mais informativo que formativo e a participação dos docentes não alcançou as expectativas esperadas; tanto os discursos presentes no currículo quanto os discursos dos professores demonstraram que algumas formações eram destinadas quase que, exclusivamente, aos professores POED – Professor Orientador de Educação Digital. Outro ponto abordado nessa pesquisa foi a interferência da pandemia da Covid-19 sobre os processos formativos bem como o contexto geral da educação: aqui denuncia-se a negligência do Estado em relação às políticas públicas ofertadas (frágeis e pontuais), as desigualdades que se agudizaram (principalmente em relação ao acesso às TDIC), a interferência mercadológica de plataformas digitais do setor privado na educação pública; o despreparo dos docentes em utilizar as TDIC durante o ensino remoto e como o sentimento de pertença se fez necessário e que a esperança no sentido freiriano foram e serão norteadores das práticas docentes. Portanto, transformar a escola em uma comunidade de aprendizagem não tem sido fácil face a todos os marcadores que definem a cultura escolar. Os achados da pesquisa indicam que a escola precisa passar a se constituir em um ecossistema pedagógico de produção de culturas e conhecimentos. Para tanto é fundamental: a) a ampliação do acesso de docentes e estudantes a esse mundo tecnológico através de políticas educacionais eficazes; b) sensibilidade para as condições de formação e trabalho docentes e as relações destes com as TDIC, para além da perspectiva instrumental; c) e que a escola seja construtora de projetos, atos do currículo, planos e práticas pedagógicas mais autônomas e autorais, de modo a favorecer o empoderamento docente e, a contribuir para uma educação emancipatória. |