Estudo da função sexual feminina na apneia obstrutiva do sono de grau leve

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Glaury Aparecida [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5075598
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50423
Resumo: Introdução: As mulheres costumam apresentar apneia obstrutiva do sono (AOS) menos grave quando comparadas aos homens, sendo a AOS de grau leve mais prevalente do que outros graus. A associação entre AOS e disfunção sexual feminina (DSF) ainda é pouco explorada na literatura. Objetivo: Investigar a prevalência de disfunção sexual feminina (DFS) em mulheres com AOS leve, avaliar o impacto da AOS na DSF, bem como determinar os preditores de risco para DSF. Métodos: Estudo transversal, observacional e analítico, realizado a partir do ambulatório dos distúrbios do sono e setor de sono na mulher da Universidade de São Paulo, Escola Paulista de Medicina (UNIFESP - EPM) e do Instituto do Sono. A amostra foi composta por mulheres entre 26 e 65 anos, distribuídas em 2 grupos: AOS leve (com Índice de Apneia e Hipopneia-IAH entre 5 e 15 eventos/hora e associado a pelo menos um sintoma), e grupo controle (com IAH<5 eventos/hora e índice de despertares - IDR<15 eventos/hora) sem queixas relacionadas ao sono. As pacientes responderam aos questionários Escala de Sonolência de Epworth, Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), Índice de Menopausal de Kupperman (IMK) e Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); foram submetidas ao exame físico, à mensuração da dosagem dos hormônios sexuais femininos e ao exame de Polissonografia (PSG) de noite inteira. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste GLM univariado e os fatores associados para DSF foram investigados pela Regressão Linear. Resultados: As mulheres do grupo AOS leve foram mais velhas (48,88 anos ± 8,87) que o controle (40,07 anos ± 11,22). Apresentaram mais sintomas pelo IMK (14,20 ± 10 vs 5,90 ± 7,90), maior IMC (29,51 ± 4,29 vs 23,69 ± 2,96), maior escore no IDB (12,30 ± 7,50 vs 8,70 ± 9,51) e menor CCEB (30,29 ± 11 vs 43,38 ± 11,41). O escore total do FSFI foi baixo em ambos os grupos sendo AOS leve (18,06 ± 11,62) e controle (21,88 ± 9,77). Conclusão: Encontramos alta prevalência de DSF tanto no grupo AOS leve, assim como no grupo controle. A presença de AOS leve não impactou a função sexual nesta amostra. Foram fatores associados para a diminuição da função sexual depressão, maior IMC e idade avançada.