Assistência obstétrica nos municípios de São Paulo e Santos: análise secundária dos dados do estudo Nascer Saudável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Timoteo, Alessandra Costa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66411
Resumo: Objetivo: Analisar a assistência obstétrica na rede suplementar de saúde de cinco hospitais dos municípios de São Paulo e um de Santos de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. Método: Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo e transversal. Foi realizado em seis hospitais da rede suplementar de saúde que participaram do Projeto Parto Adequado da região Sudeste do país. Fizeram parte deste estudo 2.435 mulheres admitidas nas maternidades selecionadas por ocasião da realização da assistência ao parto e seus conceptos vivos com qualquer idade gestacional, peso ao nascer ou mortos com idade gestacional ≥ 20 semanas e/ou peso ao nascer ≥ 500g no período de março a agosto de 2017. Resultados: das 976 puérperas que entraram em trabalho de parto, 75,7% caminharam, 61,0% realizaram medidas não farmacológicas para alívio da dor, 58,0% tinham o partograma, 20,7% não tiveram amniotomia artificial, 47,1% consumiram líquido ou alimento, receberam analgesia farmacológica, hidratação venosa e ocitocina (46,1%, 43,8% e 47,1%), respectivamente. Destas, apenas 58,3% das puérperas tiveram parto vaginal, 81,0% pariram em posição litotômica, 53,0% não apresentaram laceração ou trauma perineal, 39,7% foram submetidas a episiotomia e 23,5% à manobra de Kristeller. O acompanhante esteve presente em (81,9%) do trabalho de parto e (97,1%) no parto. No pós-parto imediato 54,0% dos recém-nascidos de parto vaginal fizeram contato pele a pele e foram amamentados na primeira hora de vida, enquanto dos nascidos de parto cesáreo, somente 26,9% realizaram o contato pele a pele e 30% foram amamentados na primeira hora de vida. Encontrou-se que a enfermeira participou da assistência no trabalho de parto em conjunto com o médico (52,3%) e no parto, quase a totalidade foi assistida por médico (99,3%). Conclusão: Ao analisar as boas práticas obstétricas durante o trabalho de parto, parto e no pós-parto imediato, observa-se que a qualidade da assistência não está adequada as recomendações da OMS e do MS. O estudo revela participação da enfermeira obstétrica no trabalho de parto, a escassez dessa profissional no momento do parto e a ausência da obstetriz o que mostra a necessidade de mobilizações para que as práticas consideradas úteis e benéficas para a mãe e bebê sejam mais estimuladas dentre os hospitais participantes.