Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Palma, Mariana Matioli da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69566
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Resumo: |
Objetivo: identificar novas características fenotípicas e genotípicas nos pacientes com distrofias hereditárias da retina e da coroide raras e ultrarraras, sindrômicas ou isoladas. Entender os mecanismos básicos e a fisiopatologia dessas doenças para o aperfeiçoamento de terapias em andamento e identificação de novas estratégias de tratamento. Métodos: Esse estudo observacional e retrospectivo consiste na análise dos prontuários, das alterações sistêmicas, dos exames oftalmológicos, dos exames de imagem multimodais e funcionais da retina, e na análise molecular de pacientes com doenças hereditárias da retina e da coroide, raras e ultrarraras, vinculados à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao Instituto de Genética Ocular e à Oregon Health & Science University. Resultados: Foram encontradas novas características fenotípicas e genotípicas. Dentre os achados fenotípicos, descreveram-se: buraco macular em um paciente com distrofia cristalina de Bietti; acometimento macular inicial e surdez tardia em pacientes com síndrome de Usher; alterações clínicas, como obesidade centrípeta, acantose nigricans e escoliose em paciente com microcefalia e coriorretinopatia do tipo 3; perda de campo periférico e nictalopia em pacientes com síndrome de Alagille; acometimento grave na primeira década de vida em paciente com ADVIRC; opacidades vítreas em pacientes com retinopatia não sindrômicas associada ao gene HGSNAT, historicamente associado a mucopolissacaridose do tipo IIIC. Em relação aos achados genotípicos, foram encontradas também novas características, como a produção de um RNA mensageiro aberrante, sem o éxon 11, associado a uma variante sinônima no gene da coroideremia; e variantes descritas pela primeira vez na literatura nos genes CEP250 (c.2512delC, c.5579_5580dupAG, c.5959C>T), TUBGCP4 (c.1380G>A), JAG1 (c.713dupC, c.719dupC, c.1268_1269insA, c,2066del, c.2694C>A, c.3234dupT) e no gene HGSNAT (c.715del, c.118G>A, c.1218_1220delinsTAT, c.1297A>G, c.1726G>T). Foi descrito o tratamento em uma paciente com atrofia girata avançada e variantes p.Tyr299* e p.Ala270Pro no gene OAT, responsivas à terapia com suplementação de vitamina B6 e dieta restrita de proteínas. Foi observada uma variação no espessamento da zona elipsoide no exame de tomografia de coerência óptica associada aos níveis de ornitina plasmática, que pode se tornar um biomarcador anatômico de resposta ao tratamento. Conclusões: É um desafio assistir pacientes com distrofias hereditárias da retina e da coroide, raras e ultrarraras, associadas ou não a síndromes. A maioria são doenças degenerativas e sem cura; além disso, muitos demoram para ter o seu diagnóstico definitivo. É essencial a medicina de precisão com o diagnóstico acurado, o teste molecular e o aconselhamento genético para um melhor acompanhamento oftalmológico e multidisciplinar desses pacientes raros. Com o avanço da terapia gênica, o teste genético tem ganhado importância. A possibilidade de novas terapias traz esperança para pessoas com doenças raras e ultrarraras e para as famílias, além de motivação para pesquisas ao redor do mundo. |