Intervenções para o tratamento de fraturas de patela em adultos: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sayum Filho, Jorge [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63745
Resumo: RESUMO Introdução: Na literatura, existe a descrição de muitos tipos de intervenções cirúrgicas e conservadoras para o tratamento das fraturas de patela em adultos, mas não existem evidências conclusivas quanto à efetividade das mesmas. Objetivo: Avaliar os efeitos (benefícios e malefícios) das intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas para o tratamento das fraturas de patela em adultos. Métodos: Foram realizadas buscas eletrônicas nas principais bases de dados, pesquisa em registros e ensaios clínicos e busca manual de artigos. Não houve restrição quanto ao idioma ou forma de publicação. Foram incluídos estudos randomizados e quase randomizados que avaliaram qualquer intervenção (cirúrgica ou conservadora) para o tratamento das fraturas de patela em adultos.Resultados: Foram incluídos 11 ensaios clínicos randomizados ou quase randomizados (somente de intervenções cirúrgicas), com baixo poder analítico, e um total de 564 participantes. Os estudos foram agrupados em sete comparações. Sendo três principais. Dois estudos compararam implantes metálicos (banda de tensão metálica) com implantes bioabsorvíveis (banda de tensão bioabsorvível), dois trabalhos compararam o sistema cabo pino (cirurgia aberta ou fechada) com a banda de tensão e quatro trabalhos compararam a osteossíntese percutânea com a cirurgia aberta para o tratamento das fraturas desviadas da patela. Todos os trabalhos apresentaram alto risco de viés, resultando em uma qualidade de evidência muito baixa. Dois trabalhos (47 participantes) compararam implantes metálicos com implantes bioabsorvíveis e não encontraram diferenças, em relação aos dois grupos, quanto à: dor no joelho, eventos adversos e função. Outros dois trabalhos (112 participantes), com qualidade de evidência muito baixa, compararam o sistema cabo pino com a banda de tensão para o tratamento das fraturas da patela e encontraram que o sistema cabo pino melhorou a dor, apresentou melhores resultados para escores funcionais reportados pelo paciente, para as medidas funcionais reportadas pelo avaliador e teve menos eventos adversos quando comparado com a banda de tensão. Quatro trabalhos (174 participantes), também com baixa qualidade metodológica, demonstraram que a osteossíntese percutânea melhorou a dor do joelho, teve menor número de eventos adversosadversos, apresentou menor perda de redução de movimento e melhores escores funcionais do joelho quando comparada com a cirurgia aberta convencional. Conclusão: Não existe evidência suficiente sobre qual o melhor tratamento para as fraturas de patela em adultos. Os ensaios clínicos randomizados de intervenções cirúrgicas possuem uma qualidade de evidência muito baixa. Com uma força de recomendação muito baixa, podemos afirmar que a osteossíntese percutânea é melhor que a osteossíntese aberta, que o sistema cabo pino é melhor que a banda de tensão e que os implantes bioabsorvíveis não são melhores que os metálicos.