Intervenções para o tratamento das fraturas de patela em adultos: Revisão Sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sayum Filho, Jorge [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39284
Resumo: Introdução: Na literatura, existe a descrição de muitos tipos de intervenções cirúrgicas e conservadoras para o tratamento das fraturas de patela em adultos, sem evidências conclusivas quanto à efetividade destas. Objetivo: Avaliar os efeitos (benefícios e malefícios) das intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas para o tratamento das fraturas de patela em adultos. Métodos: Foram realizadas busca eletrônica nas principais bases de dados, pesquisa em registros e ensaios clínicos e busca manual de artigos. Não houve restrição quanto ao idioma ou forma de publicação. Foram incluídos estudos randomizados e quase randomizados que avaliaram qualquer intervenção (cirúrgica ou conservadora) para o tratamento das fraturas de patela em adultos. Resultados: Foram incluídos cinco ensaios clínicos randomizados (somente de intervenções cirúrgicas), com baixo poder analítico, e um total de 169 participantes. Dois estudos compararam implantes metálicos (banda de tensão metálica) com implantes bioabsorvíveis (banda de tensão bioabsorvível), um trabalho comparou a patelectomia simples com a patelectomia com avanço do músculo vasto medial oblíquo para o tratamento das fraturas cominutas da patela, e dois trabalhos compararam a osteossíntese percutânea com a cirurgia aberta para o tratamento das fraturas desviadas da patela. Todos os trabalhos apresentaram erros metodológicos, que os colocaram como tendo um alto risco de viés. Com uma qualidade de evidência muito baixa, dois trabalhos (48 participantes) compararam implantes metálicos com implantes bioabsorvíveis e não encontraram diferenças, em relação aos dois grupos, quanto a: dor no joelho, eventos adversos e função. Um trabalho (28 participantes), com qualidade de evidência fraca, comparou a patelectomia simples com a patelectomia com avanço do músculo vasto medial oblíquo para o tratamento das fraturas cominutas da patela e encontrou que a patelectomia com avanço do vasto xiv medial oblíquo resultou em uma melhora significante em relação à função do joelho auto- avaliada e menos pacientes com dor no seguimento de longo prazo. Dois trabalhos (93 participantes), também com baixa qualidade metodológica, mostraram que a osteossíntese percutânea melhorou a dor precoce e a dor de tempo intermediário do joelho e teve menor número de eventos adversos quando comparados com a cirurgia aberta convencional. Conclusão: Não existe evidência suficiente sobre qual o melhor tratamento para as fraturas de patela em adultos. Os ensaios clínicos randomizados de intervenções cirúrgicas possuem uma qualidade de evidência muito baixa. Os implantes bioabsorvíveis não apresentaram melhores resultados que os implantes metálicos. A patelectomia com avanço do músculo vasto medial oblíquo apresentou melhores resultados do que a patelectomia simples para fraturas cominutas da patela em relação aos escores funcionais e à dor do joelho. A osteossíntese percutânea apresentou melhores resultados que a cirurgia aberta convencional em relação à dor do joelho, a eventos adversos e aos escores funcionais. Apesar de alguns dos cinco estudos primários incluídos terem demonstrado diferenças estatísticas entre as intervenções avaliadas, estas diferenças não foram clinicamente relevantes.