Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Delvania de Figueredo [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70884
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Resumo: |
O direito à saúde, consagrado na Constituição Federal de 1988 como um dos pilares dos direitos sociais, enfrenta o desafio de ser efetivamente assegurado de maneira equânime, guiado pelos princípios de integralidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do desenvolvimento caracterizada pela dificuldade na comunicação social e pela presença de comportamentos restritos e repetitivos que podem se manifestar de diferentes formas e intensidades. Esses déficits podem causar prejuízos nas áreas familiar, social, educacional, pessoal, bem como em atividades da vida diária e profissional. Com incidências crescentes ao longo dos anos, tem se constituído em importante tema para investigações. A responsabilidade pelo bem-estar dessa população não pode se limitar a ações baseadas no diagnóstico, devendo avançar para a intervenção, utilizando estratégias eficazes para promover a integralidade no cuidado e que valorize a autonomia individual. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo compreender a organização do trabalho nos centros de atenção à pessoa com TEA no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de pesquisa de campo, exploratória-descritiva com abordagem quali-quantitativa. Participaram da pesquisa 53 profissionais de diferentes categorias, atuantes na região metropolitana da Baixada Santista/SP e com experiência no atendimento à pessoa com TEA em centros especializados. A coleta de dados envolveu a aplicação da Escala de Clima na Equipe (Silva, 2014) em sua versão adaptada e validada para o contexto brasileiro. A escala é composta por quatro dimensões: participação na equipe; apoio a novas ideias; definição de objetivos da equipe; e, orientação nas tarefas. Diante do contexto pandêmico da COVID-19, a coleta de dados foi realizada de forma online, com a escala preparada em formulário eletrônico e hospedada em plataforma virtual. As rodas de conversa (RC) foram realizadas por videochamada, a partir de um roteiro semiestruturado para aprofundamento dos dados obtidos com a aplicação da Escala de Clima na Equipe. A análise dos dados originados da Escala foi realizada por meio de estatísticas descritivas, e para os resultados das RC utilizou-se a análise de conteúdo, na modalidade temática. Os resultados mostram características da dinâmica da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento a TEA no contexto pandêmico e o grau de integração dos profissionais na equipe, os quais revelaram necessidade de maior preparação dos profissionais para a atuação junto às pessoas com TEA e seus familiares. A educação permanente foi destacada como estratégia necessária para qualificar a prática profissional na atuação com as pessoas com TEA. O estudo contribuiu para a compreensão da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento ao TEA durante a pandemia, indicando a importância da colaboração entre profissionais de diferentes categorias e a necessidade de formação permanente para promover a integralidade no cuidado e a autonomia das pessoas com TEA. |