Longevidade, multimorbidade e capacidade funcional: a assistência em saúde da atenção primária frente ao envelhecimento populacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Albuquerque, Antonio Washington Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9889381
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60127
Resumo: O objetivo do presente estudo foi compreender como a Atenção Primária à Saúde(APS), do Recife, realiza a assistência e cuidados das condições crônicas e capacidade funcional da população idosa da cidade. Caracterizou-se como um estudo de caso de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e analítico, sendo realizado na rede municipal do SUS de Recife/Pernambuco, com profissionais de saúde com atuação ligada à APS. Foram realizadas 10 entrevistas, sendo 6 com profissionais médicos da APS e 4 gestores da atenção primária. No formato de chamadas de vídeo, os questionários foram aplicados para compreender a percepção, dos profissionais, na assistência da atenção primária às condições crônicas em saúde dos idosos. O estudo foi iniciado após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e do comitê coparticipante da Faculdade Pernambucana de Saúde. Para análise dos dados coletados, optou-se pela Análise de Conteúdo. Da análise de conteúdo, foram construídas 04 categorias temáticas sendo elas: (1) A APS na assistência ao idoso; (2) As condições crônicas na longevidade; (3) A avaliação da capacidade funcional (4) A judicialização do cuidado. Verificou-se que mesmo com políticas públicas em vigor para o cuidado com o idoso, nos diferentes níveis de atenção, ainda não há a priorização de cuidado para essa população. O modelo assistencial ainda permanece ramificado e focado na doença. Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus são as patologias com monitoramento mais efetivo, em detrimento das outras condições de saúde. O monitoramento da capacidade funcional do idoso, importante para a preservação da independência e autonomia, não é realizado de uma forma rotineira nas unidades de saúde da família. Os instrumentos avaliativos disponibilizados nos serviços, que ajudam na identificação precoce dos fatores de risco para vulnerabilidade, são pouco utilizados e mal preenchidos. A judicialização em saúde dos idosos é um fator que demanda dos gestores uma maior concentração nesses casos, dificultando um apoio gerencial para com os profissionais de saúde que estão na assistência dessa população. Na percepção dos participantes, não há integralidade nas ações de saúde para o idoso na atenção básica. Conclui-se que mesmo com uma política pública voltada ao cuidado integral do idoso, a Atenção Primária ainda não está organizada para a assistência efetiva dessa população.