Ensino-aprendizagem da política nacional de medicamentos (RENAME e URM) na Graduação Médica da Universidade Federal do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Andrade, Elizangela Braga [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www2.unifesp.br/centros/cedess/mestrado/teses/tese_142_%20ensino_aprendizagem_politica_elizangela_braga.pdf
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41917
Resumo: O estudo teve por objetivo geral caracterizar o ensino sobre a Política Nacional de Medicamentos (PNM) na graduação médica da Universidade Federal do Tocantins, focalizando a instituição e seus atores - coordenador do curso, docentes e alunos. Trata-se de um estudo descritivo, em caráter exploratório, apoiado em abordagem qualitativa, que comportou três movimentos investigativos. O primeiro se propôs a identificar, por meio do Projeto Político e Pedagógico, as disposições relativas ao ensino disponibilizado na instituição. O segundo, através de entrevistas semiestruturadas, buscou apreender o ensino da questão do medicamento na perspectiva do coordenador do curso e de docentes das disciplinas de Saúde Coletiva, Saúde da Família: Vivências em Atenção Básica I, Farmacologia Básica e Farmacologia Médica. O terceiro movimento, por sua vez, utilizando a estratégia de grupos focais, viabilizou a qualificação deste ensino sob a perspectiva de estudantes no ciclo básico (sétimo período) e no internato (nono e décimo períodos). Para efeito de análise, foi utilizada a técnica de análise do conteúdo, modalidade temática. Os resultados mostram que o PPP especificou o propósito de formar o aluno para atuar no SUS, com conhecimento aprimorado para as necessidades da população amazônica. Para tanto, em conformidade às Diretrizes Curriculares Nacionais, preconiza a articulação entre a instituição formadora e os serviços de saúde. De forma coerente, ao lado da valorização do ensino pela prática, na perspectiva pedagógica, o projeto aponta para o recurso às metodologias de participação ativa do aluno. No entanto, o PPP não permite antever o tratamento político explícito da questão dos medicamentos. As ementas das áreas de conhecimento da Saúde Coletiva e Farmacologia não abordam a questão formalmente e seus conteúdos não se cruzam. No Internato, algumas áreas discutem o tema, mas de forma pontual. Na perspectiva do coordenador do curso a temática não é priorizada na universidade como deveria. Os professores, por sua vez, afirmaram a falta de preparo a respeito da PNM. Segundo eles não constam do conteúdo programático das disciplinas a abordagem sobre a RENAME. A URM constitui tema mais valorizado, particularmente na Farmacologia, prevalecendo o foco restrito do ensino ao tratamento individual. Os estudantes declararam, enfim, que não foram orientados de forma sistemática sobre a assistência farmacêutica no SUS e reconheceram que esta falta de orientação compromete a prescrição e o acesso dos pacientes aos medicamentos (por eles) indicados. Diante do exposto, emerge a sugestão de aprimorar a relação teórico-prática desde o início do curso, sendo apontada “a prescrição e o acesso aos medicamentos no SUS” como temática relevante a ser explorada em todas as oportunidades existentes no currículo.