Do secreto sem segredo: uma perspectiva comparada entre O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Matheus Gabriel de Castro Freire [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68803
Resumo: Esta pesquisa compara O Guardador de Rebanhos, do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, com Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade, a partir destas questões: 1. a aparição de perguntas (e respostas?) e a questão do segredo na literatura, isto é, das formas do secreto sem segredo; 2. a relação entre Natureza e História; 3. a relação entre poesia e democracia a partir da consideração da metalinguagem; 4. a Máquina do mundo e Deus como figuras de retórica paralipse para maquinações do mundo. Para isso, são elencados dois operadores textuais: à procura da aniquilação das tensões e à procura das tensões. A comparação entre as poéticas de Carlos Drummond de Andrade e de Alberto Caeiro contribui para potencializar os estudos comparados entre as literaturas modernas de Portugal e Brasil – conforme uma metodologia comparatista baseada em leituras arquivística (DERRIDA, 2001a) e hospitaleira (BELLEI, 2014) das obras que constituem o corpus do trabalho e o referencial teórico. Assim, há uma consignação capaz de manipular esse conjunto textual considerando os temas da pesquisa, o que configura uma intervenção nas obras. Além disso, dimensionamos a ideia de autoria segundo uma noção fantasmagórica, dadas as presenças não­presenças dos autores literários. Aliada a essas estratégias, está a pesquisa bibliográfica, fundamentando­se, principalmente, em: Lourenço (1981), Perrone­Moisés (1982) e Gil (2000), para tratar da poética de Alberto Caeiro; Camilo (2001), Wisnik (2018) e Achcar (1994), acerca da obra de Carlos Drummond de Andrade; e Derrida (1995; 2001a; 2003; 2005), Samoyault (2008), Buescu (2001), Bellei (2014), Leone (2014), Rancière (1995) e Magalhães (2021) a respeito do método comparativo.