Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Érica Araújo da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63856
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Resumo: |
As produções letradas do século XVII são ainda objeto de pré-julgamentos críticos, sendo classificadas como repletas de exageros e extravagâncias, e por isso ditas “barrocas”, pejorativamente. Porém, estudos recentes têm mostrado a riqueza e a importância dessas letras seiscentistas. Para melhor entender a ótica que rege os estudos que se dedicam a deslindar essa centúria, é preciso historicizar esse tempo passado, retomando suas fontes letradas e esclarecendo seus pressupostos. Nesse sentido, o corpus desta pesquisa, a obra Lettres Portugaises Traduites en Français (1669), é estudado sob a ótica dos estudos retóricos e poéticos tendo em vista as práticas letradas seiscentistas. As cartas falam de amor e dor, de uma persona feminina que foi abandonada e busca descrever seu estado por afetos intensos e contrários. A análise proposta neste trabalho contrapõe-se à leitura mais corrente dessas cartas, atribuídas a Mariana Alcoforado, que ainda as consideram biográficas, repletas de exageros e subjetividade, visão difundida pela crítica romântica oitocentista portuguesa. Dito isso, este trabalho tem o objetivo de deslindar a tratadística do gênero epistolar, partindo dos autores antigos até o século XVII, e caracterizar o gênero lírico no Seiscentos, a fim de analisar a partir dos preceitos retórico-poéticos a construção da persona epistolar Mariana. Demonstrar a tradição antiga presente nessas cartas e elucidar o tratamento da matéria amorosa (res). Pesquisa de cunho bibliográfico, este trabalho apresenta como subsídio teórico as contribuições de Hansen (1995), Muhana (2000), Pécora (2001), Tin (2005), Carvalho (2007), Lachat (2013; 2018), Achcar (2015), entre outros. |