Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Baldivia, Beatriz [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9746
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Resumo: |
O conceito de Reserva Cognitiva (RC) propõe que há diferenças individuais em como as pessoas processam cognitivamente as tarefas e como enfrentam doenças neurodegenerativas (Stern, 2002). Essa variabilidade pode ser atribuída ao efeito protetor causado pela exposição sistemática a estimulações cognitivas ao longo da vida, tais como a escolaridade e a ocupação profissional. A ação dessas estimulações resultaria na proteção contra os declínios cognitivos relacionados à idade e ao risco de desenvolvimento de Doença de Alzheimer. Há poucos estudos mostrando a contribuição isolada da complexidade do trabalho desenvolvido ao longo da vida sobre o funcionamento cognitivo de idosos saudáveis como uma medida formadora de RC. Este trabalho pretendeu investigar se a complexidade do trabalho (envolvendo níveis de demandas com coisas, dados e pessoas) está relacionada ao desempenho de idosos saudáveis em tarefas cognitivas, e se essa relação é independente de variáveis confundidoras (anos de estudo, nível sócio-econômico e inteligência). Diferenças foram encontradas em tarefas envolvendo fluência verbal, memória episódica, habilidades visuo-construtivas e atencionais, porém, foram melhor explicadas pela ação isolada ou conjunta das variáveis confundidoras. Somente o desempenho na cópia da Figura Complexa de Rey, tarefa que requer planejamento executivo e habilidades visuoespaciais, esteve associado à complexidade de trabalho. As diferenças sugerem que o grau de complexidade de trabalho com coisas está relacionado ao funcionamento executivo de idosos saudáveis, ao passo que a complexidade de trabalho com dados e pessoas está relacionada ao melhor desempenho cognitivo em tarefas que envolvem atenção, velocidade de processamento, memória e fluência verbal, respectivamente. Assim, a complexidade de trabalho pode ser considerada uma medida formadora de RC, pois atua melhorando o desempenho de idosos saudáveis em funções cognitivas específicas, minimizando o impacto das alterações cognitivas relacionadas à idade. |