Correlação entre ingestão de água e fibras, constipação e dose de levodopa em pacientes com Doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Scorza, Cristiane Siviero [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67372
Resumo: Objetivo: Avaliar a correlação entre a ingestão hídrica e de fibras com a dose de levodopa em pacientes com Doença de Parkinson (DP). Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, observacional e quantitativo realizado com 31 pacientes com DP comparados ao grupo controle pareado por gênero, idade e classe sócio econômica que além de responderem um questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA), a identificação das fezes pela escala de Bristol, o hábito intestinal e à avaliação antropométrica, também foram coletados dados de alteração da dose de levodopa desde a primeira consulta até 6 meses após a coleta de dados. Através de análise dos hábitos alimentares, avaliou-se o consumo frequente da ingestão calórica, de macronutrientes, fibras, de água livre e água total. Aplicou-se teste estatístico de p Spearman para avaliar a correlação entre constipação, ingestão de água livre e ingestão de fibras no aumento da dose de levodopa. Resultados: Os indivíduos avaliados possuíam idade média de 64,30 ± 12,71 anos. As calorias consumidas pelos pacientes com DP foi de 41,14 Kcal/ kg, sendo superior ao grupo controle que apresentou 33,33 Kcal/kg, mesmo o IMC médio dos indivíduos com Parkinson estarem dentro de eutrofia (24,80Kg/m2 [IQ 22,30 - 27,51], p = 0,175). A ingestão de fibras nos indivíduos com DP foi de 34,86 g [IQ 28,42-46,03] superior ao grupo controle de 23,00g ([IQ 17,73-33,50], p < 0,0001). Pacientes com DP tendem a menor ingestão de água livre e maior ingestão oriunda de alimentos, compensando o mecanismo de hidratação. A correlação entre ingestão hídrica e necessidade de doses maiores de levodopa foi observada apenas em Hohen-Yahr (HY) 3 e 4 (18,59mg/kg vs. 11,75 mg/kg, p = 0,014). Conclusões: Embora os consumos energéticos e de fibras encontrados nos pacientes com DP sejam maiores aos encontrados no grupo controle, a hidratação dos pacientes tem sua maior fonte de alimentos ricos em água do que de água livre. Pacientes com estadiamento HY 3 e 4 possuíram menor ingestão hídrica e maior dose de levodopa prescrita.