Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vissoto, Thays Cristina Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69275
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome de Marfan (MFS) é uma doença genética do tecido conjuntivo, o defeito genético primário ocorre no gene FBN1, o qual codifica a fibrilina-1, uma proteína importante na manutenção da integridade e funções de todos os tecidos conjuntivos. A maioria das mutações ocorrem nos módulos cbEGF e LTBPs, resultando na substituição de cisteína e comprometendo a formação normal das pontes de sulfeto. Essas mutações resultam em um desequilíbrio na ativação e na transdução de sinal do TGF-β o que leva a alterações no organismo. O tratamento medicamentoso inclui o uso de β-bloqueadores, e o uso de inibidores e antagonistas dos receptores da angiotensina II, como o Losartan. A cartilagem articular é essencial para diversas funções do sistema musculoesquelético, atuando como uma estrutura protetora nas extremidades ósseas, e o disco epifisário é responsável pelo crescimento ósseo do indivíduo. Objetivo: Descrever alterações articulares e no disco epifisário de camundongos com MFS e avaliar os efeitos da intervenção farmacológica com Losartan® nas diferentes fases do desenvolvimento da doença. Metodologia: Foram utilizados camundongos da linhagem 129/SV, os quais foram divididos em oito grupos experimentais: WT, WTT, MFS e MFST, de 3 e 6 meses de idade. Os animais receberam o Losartan diluído em água e na idade prevista, os animais foram eutanasiados. Para caracterização das alterações foram utilizadas as seguintes técnicas: Hematoxilina-eosina para análise quantitativa dos condrócitos, da espessura da cartilagem articular e do disco epifisário. Para estabelecer o escore OARSI as lâminas foram coradas com Safranin-O/fast-green e realizamos imunoistoquímica para MMP-13 e SOX-5. Resultados: Na cartilagem articular, os animais MFS apresentaram maior espessura, diminuição na quantidade de condrócitos e aumento na expressão do MMP-13. Os animais MFST apresentaram menor expressão de MMP-13, aumento na quantidade de condrócitos e na expressão de SOX-5. Os animais WTT apresentaram menor quantidade de condrócitos e aumento na expressão de MMP-13. No disco epifisário, os animais MFS apresentaram um aumento na expressão de MMP-13. Os animais MFST apresentaram menor expressão de MMP-13 e os animais WTT aos 6 meses apresentaram um aumento de condrócitos e na expressão de MMP-13. Conclusão: A MFS provoca alterações significativas na integridade tanto da cartilagem articular quanto do disco epifisário, além disso, nossos experimentos demonstram que o uso de Losartan, embora tenha demonstrado impacto em certos aspectos, não foi capaz de recuperar completamente a morfologia da cartilagem articular ou do disco epifisário. |