Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sheila Praxedes Pereira Campos
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Orientador(a): |
Roberto Mibielli
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Roraima
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Link de acesso: |
http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=153
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Resumo: |
Além do conhecimento histórico, as narrativas de viagem sobre a Amazônia também se configuram como formas de construção imagética da região na medida em que essas narrativas constituem representações da realidade observada a partir do olhar subjetivo do estrangeiro, relacionando-se, com frequência, ao imaginário e ao simbólico. O volume I da obra Vom Roraima Zum Orinoco, do etnógrafo alemão Theodor Koch-Grünberg, é o relato de sua viagem nos anos de 1911 a 1913 à Amazônia. Nesse relato, ele narra e descreve seu encontro com os índios e a exuberante natureza amazônica da região circum-Roraima. É claro que este encontro com o outro não poderia deixar de ser descrito a partir do olhar europeu e, apesar do discurso científico-naturalista, e talvez pela própria força do novo lugar, Koch-Grünberg acaba fazendo diversas concessões ao poético, construindo imagens para a Amazônia (ou para o que ele supõe como Amazônia) que revelam a influência dos discursos identitários (e imaginários) sobre/da Amazônia que circulavam na Europa e que resultam numa prática discursiva reveladora do embate entre sua dimensão plural e singular. A partir do paradigma indiciário proposto por Carlo Ginzburg, este texto busca apontar alguns resquícios dessas imagens captadas pelo viajante alemão, enfatizando as diversas formas pelas quais ele narra uma Amazônia sob a perspectiva do real, do ficcional e do poético. |