Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Keller, Kelly Moura
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Orientador(a): |
Rosa, Carlos Alberto da Rocha
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11832
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Resumo: |
A maioria dos alimentos, cereais e outros produtos agrícolas são muito sensíveis à contaminação por fungos capazes de produzir micotoxinas. Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos que podem provocar efeitos adversos, tais como carcinogênese, teratogênese, nefrotoxicidade e imunossupressão, levando a inúmeras patologias e conseqüentes perdas econômicas. Aspergillus, Penicillium e Fusarium são os gêneros mais freqüentemente envolvidos em casos de micotoxicoses em animais e humanos. Em eqüinos, as micotoxicoses estão principalmente relacionadas com alimentos baseados em milho contaminado com fumonisinas (FBs), produzida por F. verticillioides. Estas micotoxinas são responsáveis pela leucoencefalomalácia eqüina (LEME), uma doença neurológica aguda e fatal caracterizada por sintomas neurotóxicos. Mais de uma micotoxina pode existir simultaneamente em um determinado produto ou ingrediente. Geralmente, os efeitos dessas toxinas tendem a ser aditivos e em resposta sinérgica, aumentando o risco e perigo para a saúde animal e a produtividade. Aflatoxinas (AFs) são micotoxinas produzidas por A. flavus e A. parasiticus. A aflatoxina B1 (AFB1) é a mais freqüentemente detectada e que tem sido descrita como a mais forte substância hepatocarcinógena biologicamente sintetizada, que pode afetar os seres humanos e animais. A determinação da qualidade micológica e micotoxicológica, o controle de alimentos e produtos destinados ao consumo eqüino são fatores críticos para melhorar a produção animal e seu desempenho. Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar a ocorrência de Aspergillus spp., Penicillium spp. e Fusarium spp., 2) detectar e quantificar FB1 e AFB1 em alimentos para eqüinos. Sessenta amostras de diferentes rações comerciais, aveia e ração batida na fazenda foram coletadas aleatoriamente a partir de diferentes estabelecimentos hípicos localizados no Rio de Janeiro e Seropédica, entre Junho de 2003 a Junho de 2006. A análise da micobiota foi feita pelo método de diluição em placa sobre os meios de cultivo dicloran rosa bengala cloranfenicol agar (DRBC), dicloran glicerol 18% agar (DG18) e Nash-Snyder agar. As contagens fúngicas totais foram expressas em UFC/g. Foram determinadas a freqüência de isolamento (%) dos gêneros fúngicos e a densidade relativa das espécies. A determinação das micotoxinas foi feita utilizando kits comerciais ELISA (Beacon Analytical Systems Inc.). As contagens fúngicas totais foram similares em ambos os meios DRBC e DG18. As maiores contagens foram observadas em amostras de aveia e ração batida na fazenda. Aspergillus (43%), Penicillium (26%) e Fusarium (11%) foram os gêneros mais freqüentemente isolados. Aspergillus niger (27%), A. flavus (25%), Penicillium corylophilum (19%), P. fellutanum (14%) e Fusarium verticillioides (100%) apresentaram as maiores densidades relativas. Setenta e cinco por cento das amostras apresentaram contaminação com FB1 com níveis de não detectado a 8,5 μg.g-1. Apenas duas amostras foram negativas para contaminação por AFB1 com intervalo de 0,5 a 99,4 μg.kg-1. Recomenda-se que o milho contaminado ou subprodutos seja limitado a um máximo de 20% da dieta de eqüinos. Mesmo que a quantidade de micotoxinas produzidas não seja suficiente para causar efeitos adversos nos animais, é um sinal de que os alimentos serão menos nutritivos. Também é necessário estabelecer limites máximos de contagens fúngicas para espécies potenciais produtoras de AFs e FBs. |