Lícitos cativeiros negros: continuidades e rupturas na escrita do capuchinho Francisco José de Jaca (séculos XVI-XVII), RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Rosa Queiroz dos lattes
Orientador(a): Faria, Patricia Souza de lattes
Banca de defesa: Faria, Patricia Souza de lattes, Sá, Eliane Garcindo de lattes, Gandelman, Luciana Mendes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20259
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar a obra do frade capuchinho Francisco José de Jaca (1645 -1690), intitulada “Resolución sobre la libertad de los negros y sus originários, en estado de paganos y después ya cristianos”, cujo mote era denunciar a injustiça do tráfico e da escravização dos africanos. A hipótese de trabalho é que os questionamentos levantados por Francisco José de Jaca, no que concerne à legitimidade da escravização dos negros, inserem-se em uma tradição anterior de pensamento político, jurídico e teológico. Assim, adota-se a perspectiva teórico-metodológica do contextualismo linguístico, especialmente as considerações de Quentin Skinner, para analisar as continuidades e rupturas, na "Resolución" de F. J. de Jaca, em relação a tal tradição intelectual. Nesse sentido, almeja-se comparar a obra de F. J. de Jaca com a de um autor que o antecedeu (Luís de Molina, 1535-1600) e com a de um coetâneo (Diego de Avendaño,1596-1688), tendo como foco o grau de adesão ao probabilismo e a forma como estes autores utilizaram as noções de dúvida, ignorância invencível e boa-fé nos debates em torno da (in-) justiça do tráfico e da escravização dos africanos.