Avaliação das lesões de pele e do leucograma em coelhos (Oryctolagus cuniculus) infestados por Stomoxys calcitrans (L) (Díptera:Muscidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Chagas, Walker Nunes lattes
Orientador(a): Bittencourt, Avelino José lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9672
Resumo: O presente experimento teve como objetivos avaliar as alterações macro e microscópicas na pele de coelhos, causadas pelas picadas da mosca Stomoxys calcitrans, em relação a diferentes intensidades de infestação, a re-infestação e a animais não parasitados, bem como analisar e descrever a resposta leucocitária sangüínea, nos animais dos diferentes grupos. O Experimento foi conduzido no Colégio Técnico da UFRRJ, no município de Seropédica (RJ). Trinta coelhos machos, Nova Zelândia brancos, com idade entre 96 e 105 dias, foram divididos em cinco grupos, com seis animais cada e submetidos às infestações experimentais por S. calcitrans em uma das orelhas, com três, sete e quatorze moscas respectivamente. Um outro grupo foi submetido à reinfestação, quinze dias após, com quatorze moscas e no quinto grupo os coelhos não foram submetidos às picadas (controle). Quarenta e oito horas após a infestação, foram realizadas a coleta de fragmentos de pele para avaliação histopatológica e punção venosa, com realização de esfregaço sanguíneo para leucocitoscopia. No momento da realização das biópsias não foram observadas alterações macroscópicas significativas e os achados histopatológicos indicaram que as infestações nos animais deste experimento determinaram o desenvolvimento de dermatites do tipo perivascular e intersticial. Microscopicamente, dezenove animais (79,2%) apresentaram hiperqueratose ortoceratótica compacta. Três apresentaram acantose e crostas serocelulares (exudativas), com hemácias e debris celulares. Um destes coelhos apresentou lesão erosiva associada à crosta e discreta espongiose. O edema intersticial, classificado como discreto a moderado, estava presente em 18 animais (75%). Foi evidenciada linfangectasia em 15 coelhos (62,5%). Onze coelhos do grupo experimental apresentaram hemorragia intersticial (45,8%). Vinte e dois coelhos do grupo experimental (91,7%) apresentaram congestão dos vasos sanguíneos. Algum tipo de infiltrado inflamatório foi observado em 15 coelhos (62,5%) dos grupos experimentais, enquanto que nenhum coelho do grupo controle apresentou esta alteração. Treze coelhos (54,2%) apresentaram infiltrado inflamatório de polimorfonucleares, predominantemente eosinofílico e 14 (58,3%) de mononucleares, predominantemente histiocítico, onde não foi evidenciada a presença de mastócitos. Os animais submetidos à reinfestação apresentaram leucopenia e nos demais grupos experimentais foi observado linfocitopenia, eosinopenia, e heterofilia e monocitose. Os achados histopatológicos são compatíveis com as reações de hipersensibilidade do tipo I. Os coelhos infestados por mais moscas apresentaram resposta inflamatória mais intensa e nos animais submetidos à reinfestação as alterações teciduais se apresentam com maior intensidade. A infestação por S. calcitrans e a intensidade desta, determina alterações no leucograma dos coelhos. Na reinfestação por S. calcitrans, o leucograma é compatível com o de uma reação crônica.