Beauveria bassiana no controle biológico de estágios imaturos de Stomoxys calcitrans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Badini, Ana Paula Rodrigues Moraes lattes
Orientador(a): Bittencourt, Avelino José lattes
Banca de defesa: Salles, Cristiane Martins Cardoso, Moraes, Aurea Maria Lage de, Costa, Gisela Lara da, Mello, Rubens Pinto de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9748
Resumo: O desequilíbrio populacional de Stomoxys calcitrans (Linnaeus, 1758) tem ocasionado perdas significativas na produção animal. Atualmente, pesquisas têm sido direcionadas para métodos de controle que preservem o meio ambiente. Com o presente estudo verificou-se o potencial entomopatogênico dos isolados CG 138, CG 228 e ESALQ 986 de Beauveria bassiana sobre ovos, larvas e pupas de S. calcitrans onde se utilizou três métodos de exposição fúngica. Larvas de S. calcitrans expostas ao isolado CG 138 e do grupo controle foram submetidas à Microscopia Eletrônica de Varredura para verificar a capacidade do fungo em aderir e se desenvolver sobre a cutícula e aberturas naturais. Macerado e muco de larvas expostas aos três isolados e as do grupo controle foram utilizados para verificar a capacidade de inibição fúngica através do teste de difusão em meio sólido. Através do método de PCR fez-se a identificação de uma bactéria, presente no macerado e muco das larvas e foi avaliada a atividade antifúngica para os três isolados. Ainda foram avaliados os perfis cromatográficos, protéicos e proteolíticos destas amostras em cromatografia líquida de alta eficiência, eletroforese protéica e enzimática, respectivamente. Foi observado que os estágios imaturos de S. calcitrans se desenvolveram em condições experimentais, onde foram expostos a diferentes concentrações dos três isolados fúngicos. Os três isolados não reduziram a emergência de moscas provenientes das larvas expostas nos três métodos utilizados. Inibição fúngica foi observada quando o isolado CG 138 foi exposto ao macerado de larvas sensibilizadas ao mesmo. Através da microscopia eletrônica de varredura, foi observado reduzido desenvolvimento do isolado CG 138 sobre a cutícula das larvas. Verificaram-se diferenças entre os perfis cromatográficos, protéicos e proteolíticos de larvas expostas aos isolados fúngicos e as do grupo controle, indicando reação antifúngica. A bactéria identificada como Stenotrophomonas maltophilia apresentou atividade antifúngica frente aos três isolados. Os resultados sugerem que os isolados CG 138, CG 228 e ESALQ 986 apresentaram efeito saprofítico, pois não afetaram significativamente o desenvolvimento dos estágios imaturos da mosca dos estábulos, comprometendo desta forma a sua utilização como agente entomopatogênico no controle de S. calcitrans.