Porta-enxertos e manejo de cachos no desempenho da videira apirênica ‘BRS Vitória’

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Permanhani, Miquéias
Orientador(a): Vasconcellos, Marco Antonio da Silva
Banca de defesa: Vasconcellos, Marco Antonio da Silva, Martelleto, Luís Aurélio Peres, Coneglian, Regina Celi Cavestré, Rosa, Raul Castro Carriello, Carvalho, Almy Junior Cordeiro de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9999
Resumo: ‘BRS Vitória’ é a primeira cultivar de uva sem sementes lançada pela Embrapa Uva e Vinho com tolerância ao míldio (Plasmopora viticola), além de apresentar alta fertilidade de gemas e um sabor especial semelhante à framboesa, porém seus cachos são compactos, o que exige o estabelecimento de técnicas específicas de manejo para reduzir a compacidade. Foram conduzidos dois experimentos na região noroeste do estado de São Paulo com o objetivo de avaliar o desempenho agronômico da videira ‘BRS Vitória’ enxertada sobre diferentes porta-enxertos, bem como, o efeito do desponte de ramos e/ou de cachos em conjunto com a aplicação do ácido giberélico (GA3) na produção e nas características dos frutos. No primeiro experimento, os tratamentos foram constituídos pela combinação da videira ‘BRS Vitória’ enxertada sobre os porta-enxertos ‘Paulsen 1103’, ‘Kober 5BB’, ‘IAC 766’ e ‘IAC 572’, enquanto no segundo experimento, foram realizadas quatro modalidades de desponte (testemunha ou sem desponte, ramos, cachos, ramos + cachos) no estágio de fim do florescimento, associados ou não com a aplicação de GA3 (0 e 30 mg L-1) quando as bagas apresentavam 6-8 mm de diâmetro. Foi verificado que o período do início da maturação à colheita dos cachos teve maior influencia no ciclo de produção (da poda à colheita) das combinações copa/porta-enxerto, apresentando intervalo mais longo e mais curto, respectivamente, quando sobre ‘IAC 766’ e ‘Paulsen 1103’. Obteve-se maior produção e vigor vegetativo sobre ‘IAC 766’ e ‘IAC 572’, sendo que o ‘IAC 766’ proporcionou maiores médias de massa de cachos e tamanho de bagas. Os porta-enxertos não influenciaram no teor de sólidos solúveis totais (SST) e acidez titulável (AT) das bagas. Além disso, não houve efeito do desponte na produção e nas características dos frutos, exceto para o teor de SST, indicando que essa técnica pode não ser eficiente para reduzir a compacidade dos cachos de uva ‘BRS Vitória’ ou que não deve ser realizada durante o período de florescimento. No entanto, o desponte de cachos associado com o uso do GA3 possibilitou um maior teor médio de SST ao reduzir a diferença existente entre bagas na parte superior e na ponta do cacho. Uma única aplicação de GA3 a 30 mg L-1 quando as bagas tinham 6-8 mm de diâmetro proporcionou um aumento na massa e no tamanho dos frutos, porém não houve efeito significativo (p >0.05) na produção e, embora não tenha causado um impacto negativo na qualidade da uva ‘BRS Vitória’, observou-se uma redução no teor de SST e na relação SST/AT das bagas.