Cocar e Universidade: um paradigma híbrido
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13204 |
Resumo: | Essa pesquisa foi realizada com o intuito de discutir questões como transformação cultural, hibridação, estudos migratórios e movimentos de resistência das etnias, no Estado do Rio de Janeiro. O contexto que contêm essas relações no Estado do Rio de Janeiro é a Aldeia Maracanã que é caracterizada como urbana e composta por famílias migrantes de outros estados brasileiros, vítimas dos conflitos de terras. Por ser uma aldeia urbana, seus habitantes têm contato cotidiano com culturas não índias e estrangeiras, sendo possível, a partir deste movimento, uma apropriação e transformação cultural. Partindo desta circunstância, essa pesquisa se propõe a responder acerca de: É possível fomentar o objetivo da “Universidade Indígena” em consonância com a proposta do Estado que é a construção de um “Centro de Referência dos Povos Indígenas” no espaço do palacete do antigo museu do índio, e, será esse projeto capaz de abarcar os protagonismos indígenas? Essa projeção tem como parâmetro a Lei 11.645/2008? Seria capaz de atender ou não às demandas expressas na educação intercultural indígena? Para responder às problematizações acima, a pesquisa é delineada como qualitativa e privilegia como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e a análise de discurso. O universo desse estudo é constituído pelos indígenas e suas lideranças que permanecem na resistência pela Aldeia Maracanã, no Antigo Museu do Índio, no bairro de São Cristóvão no Rio de Janeiro. Seu recorte amostral compreende cinco lideranças indígenas que residiam nessa aldeia. Tendo como parâmetro as observações etnográficas em que foram descritas as atividades que aconteciam na aldeia, assim como outras narrativas ou fragmentos de narrativas tanto de outros indígenas como de apoiadores. No desenrolar do texto, serão abordadas questões como o histórico do prédio do Antigo Museu do Índio, a revisão literária que corrobora o entendimento do que trata cultura, multiculturalismo, interculturalidade e educação indígena. Em seguida, a discussão sobre a necessidade de se pensar os índios num contexto urbano, abrangendo os fatores contributivos para essa diáspora que são os conflitos e as migrações. Não obstante, a perspectiva indígena é chamada no texto, onde analiso o conteúdo das falas e confronto com os dados registrados no caderno de campo, assim como minha própria experiência em campo. Deste modo, a conclusão é possível, à medida em que a correlação teórica e prática foram estabelecidas, denotando os dados discutidos e refletidos de modo crítico. |