Qualidade do solo e avaliação microeconômica de um módulo experimental de produção orgânica intensiva de hortaliças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mata, Maria Gabriela Ferreira da lattes
Orientador(a): Ceddia, Marcos Bacis lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Raul de Lucena Duarte, Amâncio, Robson, Vieira, Sidney Rosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10631
Resumo: Sistemas de produção orgânica se tornaram uma alternativa importante para a produção agrícola porque promovem o equilíbrio ambiental e conservam a biodiversidade sem o uso de fertilizantes e pesticidas sintéticos. No entanto, a produção orgânica tem enfrentado um grande desafio, que não é só gerar tecnologias para os agricultores, mas também reduzir o custo dos produtos para os consumidores. Considerando este desafio, em 2010, um módulo de pesquisa de produção orgânica foi instalado, a fim de avaliar a qualidade do solo e sua viabilidade econômica. O módulo de pesquisa tem um hectare de área e tem sido intensamente cultivado com hortaliças. A fim de monitorar e mapear a variabilidade espacial da qualidade do solo utilizando técnicas geoestatísticas, amostras de solo foram coletadas a 0,20 m de profundidade, de acordo com uma grade regular com espaçamento de 5 x 5 metros. No total, 294 amostras foram coletadas no mês de agosto de 2010 e 2011. As coordenadas de cada ponto de amostragem foram obtidas através de um DGPS modelo TRIMBLE PRO XT. Em cada amostra de solo, os atributos analisados foram: textura, carbono orgânico total, a fração de leve do carbono orgânico, pH, Al, P, K, Ca e Mg. A viabilidade econômica do módulo foi avaliada a partir da relação custo-benefício, obtido a partir da relação entre a receita bruta e o custo total no período de abril de 2011 a março de 2012. As despesas foram registradas principalmente com gastos em trabalho, matérias-primas, máquinas e irrigação. A receita bruta do módulo foi calculada a partir da simulação de venda da produção no comércio local e feiras orgânicas na cidade do Rio de Janeiro. A Geoestatística provou ser uma ferramenta adequada para avaliar as alterações nos atributos dos solos do módulo experimental. Todos os atributos apresentaram dependência espacial, e os modelos do tipo gaussiano e esférico foram os que melhor se ajustaram aos semivariogramas experimentais dos atributos do solo. O ajuste dos semivariogramas permitiu gerar mapas de variabilidade espacial por krigagem ordinária. Embora seja necessário um maior período de monitoramento para tirar conclusões mais consistentes, foi observada uma diminuição significativa nos níveis de carbono orgânico total, especialmente nas áreas com menor teor de argila. Além disso, os níveis de fósforo e potássio no solo também diminuíram especialmente em áreas com o cultivo de hortaliças. A produção de hortaliças orgânicas no módulo experimental demonstrou ser economicamente viável em ambas as formas de vendas (comércio local e feiras orgânicas na cidade do Rio de Janeiro). No entanto, o lucro pode ser maior quando os produtos são comercializados diretamente ao consumidor, tais como feiras, como é o caso do Circuito Carioca de Feiras Orgânicas.