Fungos micorrízicos arbusculares e matéria orgânica do solo de um módulo de cultivo intensivo de hortaliças orgânicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pian, Livia Bischof lattes
Orientador(a): Berbara, Ricardo Luiz Louro
Banca de defesa: Berbara, Ricardo Luiz Louro, Silva, Eliane Maria Ribeiro da, Araujo, Ednaldo da Silva, Saggin Junior, Orivaldo José
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10643
Resumo: Este trabalho compreende parte de um estudo maior e tem como objetivo de avaliar a dinâmica de nutrientes, a matéria orgânica e fungos micorrízicos arbusculares do solo em um agroecossistema complexo. A área de estudo compreende um Módulo de cultivo intensivo de hortaliças orgânicas, implantado em 2010, com 1 ha, que tem a finalidade de replicar a realidade agrícola do estado do Rio de Janeiro. Este Módulo de cultivo esta localizado no município de Seropédica-RJ, Brasil, no Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA), mais conhecido como “Fazendinha Agroecológica Km 47”. O sistema não apresenta aporte de insumos animais, metade da área apresenta cultivo intensivo de hortaliças e metade da área apresenta cultivo de espécies para produção de biomassa e culturas anuais, para manter a maior independência de insumos externos. A rotação de culturas prioriza o cultivo de hortaliças de março a outubro, principalmente folhosas, e de milho, quiabo e adubos verdes de novembro a fevereiro. Os atributos avaliados foram: textura, elevação, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, pH, carbono orgânico total, carbono das frações húmicas e fração leve, glomalina, densidade e diversidade de glomerosporos. A fim de avaliar o impacto de cada ciclo de cultivo, foram feitas 3 coletas de solo, a 1ª coleta em março de 2013, no momento do preparo do solo para início do plantio de hortaliças, a 2ª coleta em outubro/novembro de 2013, no fim do ciclo de hortaliças, e a 3ª coleta em março de 2014, no inicio de um novo ciclo de hortaliças. A geoestatística foi utilizada para apresentar a variabilidade espacial e temporal do sistema de produção complexo e testes de média feitos para comparar os sistemas de cultivo. Os resultados refletem o manejo intensivo durante o ciclo de hortaliças, os teores de N, P e K diminuíram ao longo do ano, ao contrário dos teores de Ca, Mg e do pH. O Carbono Orgânico do solo apresentou elevação após a 2ª coleta nas áreas com plantio de hortaliças, mas o balanço final do ano foi negativo. Dentre as substancias húmicas, a humina foi superior às demais frações e os ácidos fúlvicos foram os que responderam mais ao manejo intensivo, sendo superior aos ácidos húmicos nestas áreas. A Glomalina total apresentou boa correlação com o carbono do solo, já a glomalina leve livre respondeu ao manejo intensivo diminuindo sua concentração após o ciclo de hortaliças, como os ácidos fúlvicos. Em relação à densidade de esporos, esta respondeu ao manejo intensivo, com altas densidades após o ciclo de hortaliças e baixas nas áreas com cultivo de brássicas e com menor incidência solar. Nas áreas de produção de biomassa e com plantio diversificado de hortaliças a diversidade foi mais elevada. Concluímos que o trabalho apresenta o efeito de diversas culturas e manejos sobre a matéria orgânica e comunidade de fungos micorrízicos, contribuindo para a discussão do impacto que sistemas de produção agroecológico causam sobre a qualidade do solo. A geoestatística se mostrou eficiente na analise espacial e temporal do agroecossistema, facilitando futuras tomadas de decisões.