Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Salgado, Lívia de Barros lattes
Orientador(a): Rinaldi, Alessandra de Andrade
Banca de defesa: Rinaldi, Alessandra de Andrade, Luna, Naara Lúcia de Albuquerque, Vianna, Adriana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11482
Resumo: O período da ditadura civil-militar (1964 – 1985) no Brasil, caracterizado pela grande violência estatal e cerceamento da liberdade de parte da população, também foi marcado por importantes focos de resistência. Para os que fizeram da oposição a ditadura sua atividade, a vida transformou-se por completo. A política invadiu a privacidade, obrigando os “militantes” a romperem relações sociais e forçando-os a viverem em uma nova conjuntura, fosse à clandestinidade ou exílio. Os que foram presos, por sua vez, conviviam diariamente com violências física e psicológica, e com a perspectiva de poder perder a vida a qualquer momento. Tais experiências ainda afetam o modo como as pessoas se expressam e se percebem nesse cenário. A violência gerada por esses acontecimentos não terminou com o fim da ditadura, pois muitas foram as marcas deixadas, tanto físicas quanto emocionais. Para conviver com essas experiências, os “militantes” precisaram construir novas formas de habitar o mundo. À luz deste debate a proposta dessa dissertação é apreender como pessoas que viveram nesse cenário de ditadura militar e atuaram como “militantes” concebem a violência sofrida . Para se ter acesso a essas histórias foram realizadas entrevistas obtidas por intermédio do Grupo Tortura Nunca Mais e depoimentos públicos concedidos à Comissão Verdade, ambos do Rio de Janeiro. Ao tratar de dois materiais distintos foi necessário analisar os contextos em que essas narrativas foram construídas pelos “militantes”. O silêncio presente nas entrevistas e depoimentos, enquanto algo que exprime o incomunicável, também foi objeto de análise Tal silêncio marca o tom indizível, o absurdo e o caráter inexplicável das violências sofridas.