Quem pode ser beneficiário da reforma agrária? Uma análise da atuação do Tribunal de Contas da União

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Hilgert, Nadia Andrea lattes
Orientador(a): Bruno, Regina Angela Landim lattes
Banca de defesa: Bruno, Regina Angela Landim, Medeiros, Leonilde Servolo de, Menezes, Thereza Cristina Cardoso, Quintans, Mariana Trotta Dallalana
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20124
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar a atuação do Tribunal de Contas da União sobre a reforma agrária, especialmente por meio do Acórdão 775/2016-TCU-Plenário, que paralisou a política conduzida pelo INCRA em 2016 num momento histórico marcado pelo impeachment da Presidente da República Dilma Rousseff e pelo fortalecimento dos setores contrários à realização da política redistributiva. Conforme o TCU, à época, existiriam quase 600 mil assentados que não atendiam aos critérios exigidos na legislação, o que justificaria a suspensão das ações da política. Para o entendimento das condições que possibilitaram a emergência do Acórdão naquele contexto, inicialmente, foi realizado um levantamento sobre a construção das definições em leis e normas administrativas sobre o beneficiário da reforma agrária, assim como uma análise das características da atuação do Tribunal de Contas da União. O estudo do Acórdão mostrou várias disputas no campo jurídico pelo sentido das leis entre INCRA e TCU, além de outros atores institucionais. Entre os desdobramentos do Acórdão está a maior presença do TCU na definição das ações conduzidas pelo INCRA e a sua influência sobre as redações das leis e normas da reforma agrária a partir de 2016 especialmente no que diz respeito à definição de quem pode ser beneficiário da política. Por fim, a tese evidencia que a complexificação da legislação de seleção de beneficiários elaborada a partir de 2016 pode impactar a possibilidade de realização da política de redistribuição fundiária que passa por longo processo de desmonte.