Identidade nacional e anglofobia na imprensa do Rio de Janeiro (1845-1863)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cruz, Geison Siqueira Tavares da lattes
Orientador(a): Basile, Marcello Otávio Neri de Campos lattes
Banca de defesa: Basile, Marcello Otávio Neri de Campos, Ferreira, Roberto Guedes, Fonseca, Silvia Carla Pereira de Brito
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13849
Resumo: O presente trabalho trata da relação entre anglofobia e identidade nacional entre os anos de 1845 e 1863 tendo como base a imprensa fluminense do período, especificamente os jornais Diario do Rio de Janeiro, Correio Mercantil, O constitucional, A Actualidade e Semana Illustrada. Acontecimentos como a promulgação do bill Aberdeen e o bloqueio do porto do Rio de Janeiro durante o que ficou conhecido como a questão Christie foram momentos de crise nas relações diplomáticas entre os dois países e eventos centrais para a reflexão presente neste trabalho. A partir da leitura das fontes pretendeu-se identificar que a imprensa do Rio de Janeiro desempenha um papel fundamental na elaboração da identidade nacional, o sentimento de aversão à Inglaterra, presente em várias dessas publicações, funciona como um importante elemento nesse sentido. A metodologia utilizada foi a análise de fontes primárias, as edições dos jornais selecionados e panfletos de circulação local, aliada à pesquisa de natureza bibliográfica. Como referencial teórico-metodológico tem especial relevância as obras de Jurgen Habermas, Mudança estrutural na esfera pública; Linguagens do ideário político, de John Pocock; História Intelectual do Brasil: a retórica como chave de leitura escrito por José Murilo de Carvalho, e As transformações do espaço público de Marco Morel. A partir do estudo realizado, pode-se concluir que a anglofobia foi um importante elemento constitutivo de um plano de construção de identidade nacional desejada, tanto pelo estado brasileiro quanto pela literatura nacional. Nesse contexto, a imprensa merece destaque como veículo de divulgação desses ideais