O Diário do Rio de Janeiro e a imprensa brasileira do início do oitocentos (1808 – 1837)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marendino, Laiz Perrut lattes
Orientador(a): Barbosa, Silvana Mota lattes
Banca de defesa: Barata, Alexandre Mansur lattes, Momesso, Beatriz Piva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3677
Resumo: A presente pesquisa tem o objetivo de analisar a trajetória do periódico intitulado Diário do Rio de Janeiro, o primeiro jornal diário a ser impresso no Brasil, entre os anos de 1821 -1837. Poucos estudos se dedicaram a tratá-lo em seus anos iniciais, sendo alvo de pesquisas apenas para seu momento posterior, com o viés literário que se iniciou no final da década de 1840. E firmou-se como veículo da propagação da literatura nacional a partir da década de 1850, em que foram publicados importantes clássicos, como ―O Guarani‖ de José de Alencar. A historiografia afirma ter sido o Diário do Rio de Janeiro, nesses anos iniciais, uma folha meramente informativa e que não interferia na vida cotidiana da corte. Em contrapartida, é nosso objetivo demonstrar que, sendo um jornal marcadamente informativo, ele contribuiu para a vida cotidiana da população da corte, na medida em que trazia ao público uma ideia da vida em sociedade ao reunir em suas páginas grande quantidade de anúncios variados, notícias oficiais do governo imperial, notícias dos países estrangeiros, invenções, novidades das ciências, da medicina, da literatura e tudo o mais que considerava útil ao público leitor. Foi um jornal de expressiva difusão por seu baixo preço e sua considerável utilidade por seus numerosos anúncios. Observamos também que, no final da década de 1820 e o início da década de 1830, ele se transformou em um jornal que serviu claramente à propagação das ideias de um grupo político bem definido, os chamados Caramurus. Foi importante para esta dissertação perpassar o universo da imprensa do Rio de Janeiro no Primeiro Reinado, a iniciação da atividade impressa no Brasil, seus primeiros periódicos e adentrar no período das Regências, quando o Diário se dedicou mais decisivamente à discussão política, sem deixar de lado seu viés informativo, comercial e seus embates com os demais jornais então existentes.