Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Trevisano, Gabriela Friani Vieira
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Orientador(a): |
Gôlo, Patrícia Silva |
Banca de defesa: |
Gôlo, Patrícia Silva,
Rodrigues, Maria de Lurdes de Azevedo,
Costa, Maria Júlia Faro dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11807
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Resumo: |
No Brasil a esquistossomose mansônica acomete cerca de sete milhões de pessoas e 25 milhões estão sob risco contrair a doença. Uma das medidas de controle da esquistossomose é o uso de moluscicidas, dentre os naturais testados, o látex de Euphorbia milii var. hislopii apresentou-se como potencial moluscicida em baixas concentrações, enquadrando-se nos critérios da OMS. Este trabalho tem por objetivo verificar as alterações imunológicas e teciduais provocadas pela exposição à concentração subletal do látex de E. milii por 24 horas em Biomphalaria glabrata infectada por Schistosoma mansoni. As analises foram feitas em quatro grupos de moluscos: infectado por S. mansoni e exposto ao látex (IE), não infectado e exposto ao látex (E), apenas infectado (I) e controle - sem infecção e exposição (C). As alterações imunológicas foram analisadas individualmente em 10 moluscos de cada grupo, através da quantificação e tipagem de hemócitos e produção de óxido nítrico. Em relação à histologia, cinco moluscos de cada grupo foram separados para a análise, através de cortes longitudinais. Os resultados relacionados a contagem de hemócitos foram: o grupo I apresentou menor quantidade de hemócitos, e o grupo IE a maior. Os grupos E e C não apresentaram diferença significativa. Foram encontrados três tipos de hemócitos: hialinócitos, granulócitos e células blásticas. Em todos os grupos a proporção hialinócitos foi superior, C (59,8%), E (47,5%), I (45,7%), IE (41,3%). Nos grupos E (28,4%), I (36,8%) e IE (31,7%) o segundo maior tipo de hemócitos foi granulócitos, seguido por células blásticas em menor proporção. No grupo C as células blásticas representaram 27,5%, seguido dos granulócitos 12,5%. Não houve diferença significativa entre os tipos celulares e os diferentes grupos analisados em 24 horas. Comparando os tipos de hemócitos em cada grupo, observamos diferença significativa entre o número de células do tipo hialinócitos e blásticas tanto nos grupos controle, como dos infectados. Com relação a produção de óxido nítrico (NO), os moluscos do grupo C apresentaram uma quantidade superior comparado aos demais. Não houve diferença na produção NO comparando o grupo IE, com os grupos E e I. O grupo E apresentou uma redução em comparação com o grupo I. A exposição ao látex promoveu no grupo IE, intensa proliferação de hemócitos no tentáculo, manto, mufla, glândula digestiva, rim e ovotestes. Na glândula digestiva e no rim foram observadas reações granulomatosas em torno dos esporocistos, característica de moluscos refratários à infecção. No manto, foi observado destruição tecidual com esporocistos mortos. No grupo E também houve proliferação hemocitária no rim e na glândula digestiva, além de edemas na região do manto.Conclui-se que a concentração subletal do látex de E. milii influenciou a resposta imune celular de uma linhagem suscetível de B. glabrata a infecção por S. mansoni, levando a destruição dos parasitos no tecido como observado em linhagens de moluscos resistentes a infecção. |