Distribuição espacial e flutuação sazonal de carrapatos e modelo geoambiental sobre a favorabilidade de ocorrência de Hydrochoerus hydrochaeris e Amblyomma cajennense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silveira, Andrea Kill lattes
Orientador(a): Fonseca, Adevair Henrique da lattes
Banca de defesa: Fonseca, Adevair Henrique da lattes, Santos Filho, Manoel dos lattes, Leite, Romário Cerqueira lattes, Prata, Márcia Cristina de Azevedo lattes, Goes, Maria Hilde de Barros
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
GIS
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9606
Resumo: O monitoramento confiável na predição da abundância de carrapatos, hospedeiros potenciais, além da distribuição espacial e temporal da ocorrência daqueles é fundamental no controle e profilaxia de zoonoses. Esta tese está dividida em dois capítulos e objetiva: 1) avaliar a distribuição, a diversidade e a flutuação sazonal de carrapatos, coletados por meio de três técnicas, em cinco áreas institucionais, no estado do Rio de Janeiro e 2) analisar a favorabilidade de ocorrência de Hydrochoerus hydrochaeris e Amblyomma cajennense no município de Seropédica, RJ, utilizando um sistema de análise geoambiental. Para o primeiro trabalho, carrapatos foram coletados entre outubro de 2008 e agosto de 2012, utilizando as técnicas de arrasto de flanela, CO2 e remoção mecânica de carrapatos aderidos aos pesquisadores. Para o estudo da favorabilidade de ocorrência de H. hydrochaeris foi utilizada a Base de Dados Georreferenciados (BDG), com as variáveis: altitude, declividade, geomorfologia, solo, uso do solo e cobertura vegetal, e proximidade de mananciais hídricos. E para modelagem para A. cajennense a BDG foi composta pelas variáveis: uso do solo e cobertura vegetal, favorabilidade de ocorrência de capivaras, geomorfologia, solo e declividade. A geração do mapa classificatório representativo das áreas favoráveis à ocorrência de capivaras e de A. cajennense foi decorrente de um procedimento avaliativo, utilizando o módulo de análise do programa SAGA/UFRJ. Durante os quatro anos de estudo 64.482 carrapatos foram coletados. O gênero Amblyomma foi o mais abundante, coletado em todas as áreas. Adultos foram identificados como A. cajennense, Amblyomma dubitatum e Amblyomma brasiliense. A maior abundância de A. cajennense ocorreu em áreas com formação de mosaicos de paisagem, onde a presença de equinos e/ou capivaras foi frequente. As larvas de Amblyomma sp foram mais abundantes no outono e no inverno e as ninfas no inverno e na primavera. Adultos de A. cajennense no outono e verão. Em relação às técnicas de coleta não houve diferença entre elas para a coleta de larvas. Já as ninfas e adultos foram coletados principalmente na armadilha de CO2. A modelagem geoambiental indicou que 56% do município apresentaram alta ou altíssima favorabilidade para a ocorrência de capivaras. Nestes locais, a declividade e a altitude são baixas; a feição geomorfológica é a planície colúvio-aluvionar; o solo predominante é o planossolo; predominam as áreas situadas até 300 m de distância da rede de drenagem; além da presença de pastagem e áreas de cultivo. Verificou-se também que 86% do município foi classificado como favorável ou muito favorável para a ocorrência do A. cajennense. Nos locais muito favoráveis, a declividade é baixa; em planície colúvio-aluvionar; o solo é do tipo planossolo; são áreas com alta, ou altíssima favorabilidade para a ocorrência de capivaras; e relacionada à presença de pastagem. O monitoramento da ocorrência de capivaras e de A. cajennense, principalmente nas regiões periféricas do município, onde está ocorrendo um processo intenso de transformação ambiental, deve ser realizado a fim de evitar casos de enfermidades zoonóticas, como a febre maculosa brasileira.