Estudo do complexo Amblyomma cajennense no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Thiago Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-24072014-144543/
Resumo: Trabalhos recentes de genética, morfologia e biologia conduzidos nas Américas, demostraram que Amblyomma cajennense é um complexo de pelo menos seis espécies distintas, cada espécie associada a uma área biogeográfica. Neste contexto, o presente estudo conduzido no Brasil realizou análises morfológicas e moleculares de carrapatos adultos, previamente identificados como A. cajennense e depositados nas coleções de carrapatos Coleção Nacional de Carrapatos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, e na Coleção Acarológica do Instituto Butantan do Instituto Butantan de São Paulo. Amostras adicionais de carrapatos foram obtidos através de trabalhos de campo. Os carrapatos foram coletados em vida livre, animais domésticos (equinos, suínos) e silvestres atropelados (anta, tamanduá), durante três expedições de coleta, sendo uma no nordeste do país entre os municípios de Bequimão/MA e Estrela do Norte/GO; uma no noroeste do país entre os municípios de Presidente Médici/RO e Vila Bela da Santíssima Trindade/MT; e uma terceira no centro-norte do país entre os municípios de Sinop/MT e Cuiabá/MT. Os resultados morfológicos e moleculares obtidos demonstraram a ocorrência de pelo menos duas espécies distintas de carrapatos (A. cajennense sensu stricto e Amblyomma sculptum) do complexo A. cajennense ocorrendo no território nacional. De modo geral, a distribuição da espécie A. cajennense s. s. está confirmada no Brasil em três estados da região Norte (Pará, Rondônia e Tocantins), em um estado da região Nordeste (Maranhão) e do Centro-Oeste (Mato Grosso). Salienta-se um único encontro de uma fêmea de A. cajennense s. s. em uma propriedade rural do município de Porangatu, no extremo norte do estado de Goiás, na divisa com o estado de Tocantins. A ocorrência de A. sculptum está confirmada nos seguintes estados brasileiros da região Norte: Pará, Rondônia e Tocantins; Nordeste: Bahia, Maranhão, Pernambuco e Piauí; Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo; e Sul: Paraná. Estes dados indicam que o papel de cada uma destas espécies na transmissão de patógenos deve ser reavaliado de acordo com seu novo status taxonômico.