Interação entre cães, animais silvestres e carrapatos (Acari; Ixodidae) em uma comunidade rural inserida na floresta atlântica no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Hélio Freitas lattes
Orientador(a): Faccini, Joao Luiz Horacio lattes
Banca de defesa: Faccini, Joao Luiz Horacio lattes, Famadas, Kátia Maria lattes, Peixoto, Maristela Peckle lattes, Luz, Hermes Ribeiro lattes, Alves, Luis Henrique Soares lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19972
Resumo: O trabalho em tela investigou a interação entre cães domésticos e as áreas florestadas do entorno da Área de Proteção Ambiental Palmares (APA Palmares), uma comunidade inserida na Floresta Atlântica no Estado do Rio de Janeiro. A área da APA situa-se em altitudes variando de 831 a 985 metros acima do nível do mar. Os cães foram classificados em três categorias, domiciliados, semidomiciliados e errantes. Observou-se que os cães domiciliados, embora mantidos em quintais cercados, entram em contato com alguns animais silvestres os quais visitam as residências, provavelmente a procura de alimentos ou mesmo abrigo como caso de gambás e ouriços. Os cães semidomiciliados e errantes visitam frequentemente a área de floresta situada próxima às residências, portanto estão em contato com animais silvestres. Segundo informações dos tutores, alguns cães são tratados com diferentes ectoparasiticidas, sempre que os tutores detectam infestações por ectoparasitas. Os cães foram examinados como animais sentinelas para diagnosticar a presença de carrapatos parasitos comuns de animais silvestres. As coletas de carrapatos ocorreram mensalmente de janeiro a dezembro de 2019. Foram diagnosticados 60 (33,9%) cães positivos entre os 177 cães examinados. Três espécies de carrapatos foram identificadas: Rhipicephalus sanguineus, Amblyomma aureolatum e Amblyomma ovale. Foram coletados 279 carrapatos adultos, assim distribuídos: 143 (51,3%) R. sanguineus, 135 (48,4%) A. aureolatum e uma única fêmea de A. ovale. A interação carrapato/cão foi avaliada em termos de habitação, tratamento com ectoparasiticidas e sexo do hospedeiro pelo teste de Qui quadrado para R. sanguineus e A. aureolatum. O resultado do Qui quadrado indicou dependência de ambas as espécies para os itens habitação e sexo e independência para o item tratamento com ectoparasiticidas. As espécies de carrapatos encontradas e a relação dos cães com as mesmas demonstrou a importância sanitária da pesquisa levando em conta que diversos patógenos transmitidos por carrapatos são causadores de zoonoses.