Os índios do sudeste fluminense e a grande transformação: territorialização, trabalho e conflitos territoriais (1770-1830)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Campos, Roberta de Souza lattes
Orientador(a): Moreira, Vania Maria Losada
Banca de defesa: Ribeiro, Mõnica da Silva, Apolinário, Juciene Ricarte
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13913
Resumo: As mudanças vividas pelo Rio de Janeiro no final do século XVIII e no início do XIX, dos pontos de vista político e econômico, reverberaram com profundidade sobre as comunidades indígenas que viviam próximas à cidade. Não somente porque a legislação indigenista foi modificada, com o Diretório Pombalino e depois com a suspensão do mesmo, perdendo seu caráter geral para todo o território colonial/nacional, mas também porque conflitos agrários se tornavam cada vez mais cotidianos na vida dessas populações. Nesse contexto de intensas transformações, lugares indígenas como Itaguaí e Mangaratiba vivenciaram situações intrincadas no que diz respeito às relações de poder, à mão de obra e aos direitos territoriais. A partir de uma história regional, buscamos destacar um movimento duplo: um pelo viés do Estado e da sociedade não-indígena e outro pelo viés dos próprios índios. Isto é, de um lado, descrevemos o movimento hegemônico que busca assimilar, misturar e produzir mão de obra livre e dependente entre os índios ditos civilizados; por outro lado, descrevemos um movimento contra-hegemônico que busca permanecer, reinventar e produzir uma cultura histórica nova, que auxiliou nos processos identitários de grupo e em interesses políticos.