Estratégias de manejo do cascalho oriundo da perfuração de poços de petróleo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Guedes, Jair do Nascimento lattes
Orientador(a): Amaral Sobrinho, Nelson Moura Brasil do
Banca de defesa: Amaral Sobrinho, Nelson Moura Brasil do, Santos, Fabiana Soares dos, Ceddia, Marcos Bacis, Pereira, Ana Carolina Callegario, Mazur, Nelson
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9076
Resumo: A indústria de perfuração e exploração de petróleo gera muitos residuos que, quando dispostos de forma inadequada, podem ocasionar problemas ambientais. Dentre esses resíduos, o cascalho de perfuração merece destaque pela sua importância como potencial agente poluidor. A sua composição é função da rocha perfurada e do fluido utilizado. No entanto, na sua composição há também a presença de alguns nutrientes essenciais as plantas e, portanto para tornar possível o seu uso são necessários estudos para indicar os efeitos no sistema solo-planta. Desta forma, se faz necessária adotar ações para caracterizar os resíduos gerados, de modo a definir os sistemas de tratamento ou condicionamento mais adequados, bem como o seu reaproveitamento e até mesmo a reciclagem. A proposta desse estudo foi de avaliar a melhor estratégia a ser utilizada para tratamento e aplicação de cascalho oriundo da perfuração de poços de petróleo no solo. Para isso, o trabalho foi desenvolvido em quatro capítulos. O primeiro teve como objetivo avaliar a eficiência de remoção de sódio e bário do resíduo através do processo de lavagem. Nesse estudo, foram testadas duas formas de tratamento do cascalho: ensaio dinâmico e o ensaio estático, verificando a eficiência de remoção dos elementos mais restritivos ao crescimento de plantas. O percentual de remoção de sódio foi superior a 70% no resíduo da centrífuga e inferior a 60% no resíduo secador para o ensaio dinâmico. Enquanto que, no ensaio estático, a remoção máxima de sódio foi de 60% e de bário 0,004%. No segundo capítulo, foi avaliada a capacidade de fitoextração de sódio e bário do resíduo, após lavagem, por plantas de cevada. Esse efeito foi avaliado através de ensaios em vasos, tendo como substrato três diferentes proporções de areia lavada e resíduo. Os resultados mostraram uma perda de massa significativa, na parte aérea, de 1,94g (controle) e 0,23g, na maior dose do resíduo. E nas raízes, houve redução drástica de 3,55g (controle) e 0,19g na maior dose do resíduo oriundo do equipamento secador. O terceiro capítulo teve como objetivo avaliar o efeito do potencial redox e da condutividade elétrica sobre o desenvolvimento de plantas de arroz e brachiaria. Neste estudo, primeiramente, foi realizado uma curva de salinização para estabelecer a dose máxima do resíduo, associada a condutividade elétrica. As plantas foram cultivadas sob duas condições de umidade: saturado e 70% da capacidade de campo (CC). Os resultados evidenciaram que a condição de extrema redução aumentou a solubilidade e promoveu aumento na absorção de sódio, bário, ferro e manganês, nas plantas de arroz e brachiaria, enquanto que, a produção de massa seca foi superior na condição de oxidação devido a baixa solubilização dos elementos. Os resultados também mostraram que as plantas de brachiaria acumularam 3 vezes mais sódio do que as de arroz. O objetivo do quarto capítulo foi avaliar o desempenho da cevada cultivada em sucessão a brachiaria desenvolvida nos substratos tratados com o resíduo de perfuração de poços de petróleo. Os resultados mostraram que o cultivo prévio com brachiaria reduziu significativamente os elementos mais restritivos como sódio, bário e condutividade elétrica. E a aplicação do resíduo favoreceu o acúmulo de bases trocáveis, como: cálcio, magnésio, potássio e micronutrientes ferro e manganês.