Desenvolvimento inicial de Ricinus communis L. com substratos de torta de mamona e cascalho de perfuração de poços de petróleo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leite, Thiago Ouverney lattes
Orientador(a): Zonta, Everaldo
Banca de defesa: Schultz, Nivaldo, Soriano, Adriana Ururahy, Genúncio, Glaucio da Cruz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10615
Resumo: O cascalho de perfuração é um resíduo da indústria do petróleo produzido durante a perfuração de poços terrestres e marítimas, cujas características mineralógicas dependem da formação geológica presente ao longo da perfuração. Ao chegar à superfície, se encontra impregnado com fluido de perfuração utilizado durante o processo. O uso deste resíduo no solo tem sido discutido com frequência por apresentar limitações de ordem química, tanto de origem geológica (e.g. Fe, Mn, Zn, Cu) como provenientes do fluido de perfuração (e.g. Ba, Na e Hidrocarbonetos - HTP). A proposta deste trabalho foi de averiguar a amenização da salinidade ocasionada pela aplicação de cascalho, adicionando torta de mamona ao substrato e utilizando a mamoneira BRS-149, cv. Nordestina, como planta indicadora, buscando orientar e inferir limitações no uso conjunto destes resíduos. Foram utilizados vasos com capacidade de 8 dm3, utilizando doses proporcionais de cascalho (controle, 5, 15, 30, 45 e 60 Mg ha-1) associado a doses de torta de mamona (controle, 2, 4, 8, 16 e 32 Mg ha-1) em fatorial com três repetições durante 97 dias após plantio (DAP). Foram observadas melhorias no desenvolvimento morfológico da mamoneira, com a aplicação de 60 Mg ha-1 de cascalho associado à 16 Mg ha-1 de torta de mamona. Contudo, a dose de 60 Mg ha-1 de cascalho causou estresse por apresentar acúmulo de Na nas folhas, o mesmo com a dose de 45 Mg ha-1, onde a melhor relação, de cascalho e torta, neste contexto, foi de 15 e 32 Mg ha-1, respectivamente. No que tange a melhoria do solo após o cultivo inicial de mamona, foi constatado que a aplicação de 30 Mg ha-1 de cascalho foi suficientemente capaz de neutralizar o Al3+ tóxico, na elevação do pH em torno de 6,5, e assim disponibilizando nutrientes para a cultura. Também verificou-se decomposição acentuada de HTP (acima de 92%) proveniente do metabolismo microbiológico no substrato, auxiliada pela adição de torta. Concluiu-se então que o emprego do cascalho em solo deve seguir orientações específicas e ponderadas, no que tange principalmente à salinidade, para que não haja prejuízo ambiental e à cultura da mamona.