Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Presotto, Rafael Antonio
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Orientador(a): |
Zonta, Everaldo |
Banca de defesa: |
Zonta, Everaldo,
Soriano, Adriana Ururahy,
Genuncio, Glaucio da Cruz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10649
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Resumo: |
O cascalho de perfuração é um resíduo produzido durante a perfuração dos poços de petróleo, basicamente é composto do material geológico triturado, impregnado com o fluído de perfuração utilizado na operação. A disposição em solo do cascalho de perfuração tem sido discutida nas últimas décadas por apresentar limitações do ponto de vista químico, sendo recorrentes estudos que relatam problemas com metais pesados, salinidade e compostos derivados do petróleo nesse tipo de resíduo. Normalmente os componentes limitadores da utilização do cascalho de perfuração não são devidos ao material geológico, mas do fluído de perfuração utilizado. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos causados pela salinidade do cascalho de perfuração de poços de petróleo no desenvolvimento do girassol. Inicialmente os estudos tiveram como foco os efeitos provocados pela salinidade (induzida por NaCl), no cultivo do girassol em solução nutritiva e selecionar variedades mais apropriadas para os estudos subsequentes. Na segunda etapa, as variedades consideradas como mais tolerante e mais sensível à salinidade foram cultivadas em solo com doses de três tipos de fluído de perfuração, sendo avaliado o desenvolvimento da planta, concentração de nutrientes na planta e no solo após o cultivo. Na terceira etapa, utilizou-se no experimento doses de cascalho de perfuração associado a doses de torta de crambe (Crambe abyssinica H.), sendo testada como possível condicionadora orgânica. As avaliações foram análogas ao segundo experimento, mas adicionalmente com um ensaio de evolução de CO2, puderam-se estudar os efeitos do cascalho de perfuração na mineralização da torta de crambe. A salinidade em solução nutritiva prejudicou o desenvolvimento de todas as variedades de girassol, porém a variedade Neon e BRS 321 foram consideradas como a mais tolerante e a mais sensível à salinidade nas condições avaliadas, respectivamente. Os efeitos dos fluidos de perfuração foram diferenciados, sendo que a aplicação de 1,0 Mg ha-1 do fluido catiônico promoveu maior acúmulo de matéria seca do girassol. Os fluidos não aquosos saturados com NaCl e KCl prejudicaram o desenvolvimento do girassol, quando foram aplicados em dose superiores a 2,0 Mg ha-1. A aplicação de até 5,0 Mg ha-1 de cascalho de perfuração ao solo favoreceu o desenvolvimento do girassol, por melhorias nas condições nutricionais. No entanto, para doses superiores a 30 Mg ha-1 o cascalho de perfuração prejudicou o acúmulo de biomassa. A aplicação do cascalho de perfuração não prejudicou a mineralização da torta de crambe, avaliada pela respiração basal do solo. O cultivo das plantas promoveu intensa degradação dos hidrocarbonetos totais de petróleo adicionados com o cascalho. Conclui-se que a disposição do cascalho de perfuração ao solo com parcimônia e critério não prejudica o desenvolvimento do girassol. |