Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Machado, Eduarda de Oliveira Silva Lima
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Orientador(a): |
Peixoto, Maristela Peckle
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Banca de defesa: |
Barreto, Maria Lucia
,
Silva, Claudia Bezerra da
,
Santos, Huarrisson Azevedo
,
Peixoto, Maristela Peckle
,
Cunha, Nathalie Costa da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18510
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Resumo: |
Novas espécies e novos genótipos de micoplasma hemotrópico têm sido descritos, mas há muito o que ser estudado, especialmente em animais silvestres. Este estudo teve por objetivo realizar a análise citológica (morfologia, morfometria e parasitemia), detecção molecular, fatores associados a infecção e a diversidade do fragmento da sequência 16SrDNA de hemoplasmas em roedores e marsupiais, em regiões dos estados do Rio de Janeiro e Paraná. Um total de 257 pequenos mamíferos foram capturados. A análise citológica foi realizada através de esfregaço sanguíneo corado em solução de Giemsa, em microscopia óptica, e o estudo morfométrico foi realizado através do software CellSens. A detecção molecular dos hemoplasmas foi baseada no gene 16SrDNA. Os produtos amplificados na reação em cadeia de polimerase (PCR) foram selecionados e purificados para posterior sequenciamento. A análise filogenética foi realizada utilizando um conjunto de dados de 12 sequências de hemoplasmas obtidos neste estudo, 52 sequências disponíveis no Genbank, e Mycoplasma miroungirhinis como outgroup. Dentre as 257 amostras de pequenos mamíferos, 23,3% (n=60) apresentaram estruturas compatíveis com Mycoplasma sp. em eritrócitos, através da investigação citológica. As bactérias apresentaram-se dispostas em cocos únicos, diplococos ou agrupadas ao longo da superfície dos eritrócitos. Houve diferença estatística significativa na média de comprimento e largura entre Mycoplasma de Akodon spp. e o encontrado em Sooretamys angouya, sendo os cocos de S. angouya considerados maiores. Quanto à localidade, houve diferença estatística significativa entre as médias de largura dos cocos e a parasitemia entre Rio de Janeiro e Paraná, sendo a largura dos cocos e a parasitemia encontrados em animais do Paraná maiores estatisticamente. Na PCR 33,8% (n=87) amplificaram o DNA de hemoplasmas. A região com maior frequência de positividade foi Cruz Machado (46,15%, n= 24/52), seguida por Ponta Grossa (43,10%, n=25/58), Nova Friburgo (30,56%, n= 33/108) e por fim Lidianópolis (12,50%, n=5/40). Comparados aos animais de Lidianópolis, os animais de Nova Friburgo, Cruz Machado e Ponta Grossa apresentaram 2,44 vezes (IC: 1,03 - 5,82), 3,69 vezes (IC: 1,55 - 8,82) e 3,45 vezes (IC: 1,44 - 8,24) mais chances de testar positivo para hemoplasmas, respectivamente. Oligoryzomys apresentou maior percentual de positividade para Mycoplasma spp. (78,05%, n=32/41), estatisticamente diferente de Oxymycterus spp. (42,11%, n=8/19), Akodon spp. (27,59%, n=40/145) e Sooretamys (9,09%, n=1/11). Animais do gênero Oligoryzomys tiveram 8,59 vezes (IC: 1,32 - 56,03) mais chances de apresentar DNA de hemoplasma quando comparados ao gênero Sooretamyz. Os machos foram mais frequentemente parasitados por Mycoplasma spp. e tiveram 4,01 vezes (IC: 2,35 - 6,84) mais chances de amplificarem DNA de hemoplasma do que as fêmeas. As sequências de hemoplasmas amplificadas de roedores silvestres neste estudo, foram agrupadas em ramos bem suportados por altos valores de bootstrap com outras sequências de hemoplasmas previamente detectadas em roedores silvestres e sinantrópicos do Brasil e da Hungria. Animais provenientes dos municípios de Ponta Grossa e Cruz Machado, Paraná, machos, do gênero Olygoryzomys apresentam maior risco de serem infectados pelo micoplasma hemotrópico. |