Prevalência, fatores de risco e alterações clínicas e laboratoriais na infecção pelos hemoplasmas canino e felino em cães no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valle, Stella de Faria
Orientador(a): Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/34680
Resumo: Os micoplasmas hemotróficos (hemoplasmas) são organismos pleomórficos, epicelulares, gram negativos que infectam a superfície dos eritrócitos de diversas espécies. Devido ao fato de ser incultivável em meios de cultura tradicionais, o diagnóstico é baseado em técnicas moleculares. Em cães, a infecção pelos hemoplasmas pode causar anemia hemolítica na fase aguda, enquanto na doença crônica os sinais são inaparentes, sendo que a imunodepressão e a esplenectomia podem desencadear a doença aguda. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a prevalência dos hemoplasmas em cães submetidos a atendimento clínico e cirúrgico no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (HV-UPF), identificar os fatores de risco para infecçao pelos hemoplasmas e as condições clínicas na infecção natural. Para isso, foram selecionadas amostras de sangue com EDTA submetidas com propósito diagnóstico ao Laboratório de Análises Clínicas do HV-UPF. Após a verificação do controle da extração (PCR para o gene GAPDH), as amostras foram encaminhadas ao Department of Comparative Pathobiology, Purdue University (IN, USA) para as análises moleculares. Foi realizada reação em cadeia da polimerase (PCR) para os hemoplasmas felinos (‘Candidatus Mycoplasma turicencis’, ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’) e caninos (Mycoplasma haemocanis e ‘Candidatus Mycoplasma haematoparvum’). Ao total, foram analisadas 347 amostras, sendo que 16 foram negativas para o controle GAPDH e excluídas do estudo. A prevalência para hemoplasma foi de 6,4% (21/331) sendo 5,1% (17/331) para Mycoplasma haemocanis e 1,8% (6/331) para um organismo geneticamente semelhante ao hemoplasma felino ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’. Não foram encontradas amostras positivas para ‘Candidatus Mycoplasma turicencis’ e ‘Candidatus Mycoplasma haematoparvum’. Os cães positivos para hemoplasmas tinham como fatores de risco a presença de ectoparasitas (carrapatos e/ou pulgas), idade avançada e habitavam em casa. Embora tenha sido identificada a presença de correlação entre as neoplasias e feridas causadas por brigas com outros cães e a infecção pelos hemoplasmas, tais resultados foram atribuídos a uma influência da idade e a presença de ectoparasitas. Não houve variações hematológicas e bioquímicas em decorrência da infecção pelo Mycoplasma haemocanis. Refere-se, no presente estudo, o primeiro estudo relacionando a freqüência da infecção pelos hemoplasmas em cães no Brasil.