Micotoxinas na dieta dos equinos: influência sobre a digestão, o metabolismo e o desempenho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Braga, Auro César lattes
Orientador(a): Almeida, Fernando Queiroz de lattes
Banca de defesa: Silva, Vinicius Pimentel, Mesquita Neto, Francisco Duque de, Keller, Luiz Antônio Moura, Almeida, Maria Izabel Vieira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9859
Resumo: Objetivou-se verificar o efeito das micotoxinas sobre os principais parâmetros fisiológicos, bioquímicos e hematológicos dos equinos. A pesquisa foi conduzida na Escola de Sargentos das Armas (ESA), em Três Corações, MG. O período experimental total foi de 40 (quarenta) dias, divido em duas fases, uma pré-experimental de 12 (doze) dias e a fase experimental de 28 (vinte e oito) dias. Na fase experimental, os animais foram distribuídos, de forma homogênea, em delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcela sub-dividida, com três tratamentos com quatro animais cada, sendo o animal a unidade experimental. Diariamente, durante a fase experimental, foi fornecido aos animais um quilograma de ração concentrada preparada, com 50 ppb ou 100 ppb de AFB1, conforme o tratamento preconizado, sendo essa a quantidade máxima consumida por animal, independentemente do peso. Durante as 4 semanas de duração do experimento, uma vez por semana foram coletadas amostras de sangue, tendo como objetivo a verificação da sanidade animal por meio do monitoramento da função hematológica, renal e hepática, por meio da avaliação dos índices hematimétricos e da bioquímica sanguínea. O desempenho foi avaliado pelo exercício físico intervalado realizado aos 21 dias da fase experimental. O exercício constou de um aquecimento prévio de 17 (dezessete) min ao trote e ao passo seguido de três galopes de 450 m/min, com monitoramento da frequência cardíaca (FC) entre os galopes. Previamente ao exercício e imediatamente após o 3º galope, foram monitorados os parâmetros fisiológicos e sanguíneos que continuou por um período de até 48 horas após o exercício. Ao final da fase experimental, os animais foram submetidos ao ensaio de digestão, pelo método de coleta parcial de fezes, utilizando-se o LIPE® como indicador. Os resultados dos parâmetros hematológicos, bioquímicos e fisiológicos e da digestibilidade da dieta foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Observou-se que a presença de aflatoxina na dieta influenciou as taxas de glóbulos brancos, especialmente os granulócitos, a atividade sérica da Creatina Quinase e da Fosfatase Alcalina (FAL), que apresentou maiores valores no tratamento com 100 ppb AFB1. No exercício, a presença da AFB1 influenciou a atividade da FAL, que apresentou médias superiores no tratamento com 100 ppb, possivelmente decorrente da ação hepatotóxica associada das micotoxinas presentes nos alimentos. Não se observou ação das micotoxinas, nas concentrações utilizadas na digestibilidade dos nutrientes, contudo, a presença de micotoxinas nos alimentos, representa uma ameaça silenciosa para os animais, especialmente os equinos.