Indicações geográficas e ações de marketing: um estudo sobre o Vale dos Vinhedos (Rio Grande do Sul - BR) e Luján de Cuyo (Mendoza/AR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Hatchuel, Elizabeth lattes
Orientador(a): Guedes, Cezar Augusto Miranda
Banca de defesa: Pinheiro, João Luís Alves, Oliveira, Alberto de, Barros, Regina Cohen de, Zago, Camila Avosani
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9864
Resumo: A tese busca demonstrar a importância das ações de marketing para as Indicações Geográficas - IGs e a necessidade de que os atores envolvidos incorporem a ideia de gestão voltada para a criação de valor dos produtos. As Indicações Geográficas são reconhecidas na Europa desde o século XVIII, porém em meados do século XX ganharam destaque como instrumento de políticas públicas a fim de manter o homem no campo e proteger os produtos europeus. No Brasil as IGs são conceituadas como institutos da propriedade intelectual e dividem-se em Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO), já na Argentina dividem-se em Indicação Geográfica e Denominação de Origem com normas muito parecidas com as da União Europeia. Entretanto, o advento das IGs e em toda América do Sul é considerado muito recente, mesmo ganhando crescentemente destaque ao longo dos anos, com o aumento das exigências do mercado consumidor internacional. Atualmente o Brasil tem 69 produtos IGs, sendo 50 IPs e 19 DOs, sendo que dessas, 8 são estrangeiras. Ainda no que tange ao Brasil, o Vale dos Vinhedos a teve a primeira IG a ser reconhecida em 2002 como IP e a primeira DO em 2012. O Registro de Indicação Geográfica tem o papel de reconhecer a IG e desta forma protegê-la contra apropriação indevida do nome do território e falsificação de produtos; porém ele não é o único fator determinante para o sucesso de uma IG, dado o fato de que diversas IGs mesmo após o Registro encontram dificuldade na gestão de seus negócios e as fabricantes não conseguem explorar as inúmeras vantagens de possuir produtos com características tão especiais e relevantes como as ancoradas no próprio território. Diversos estudos sobre IGs consideram o vinho um caso à parte, pois o setor vitivinícola é uma referência de sucesso, que movimenta bilhões. Neste sentido, as IGs Vale dos Vinhedos e Luján de Cuyo podem servir como exemplo para as demais IGs, ao menos no setor vitivinícola, no que se refere às ações de marketing, pois Brasil e Argentina foram os países que se destacaram ao reafirmarem presença entre os maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo sendo Vale dos Vinhedos e Lujan de Cujo regiões consideradas de excelência na produção de vinhos finos