Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Campos, Arnaldo Gonçalves de
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Orientador(a): |
Sanchez, Sandra Barros
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Banca de defesa: |
Vasconcellos, Marco Antonio da Silva,
Rangel, Mary |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12309
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Resumo: |
A grande maioria das instituições de ensino agrícola, no Brasil, tem formado profissionais com um perfil fortemente vinculado aos princípios da agricultura industrial, que é alicerçada na agroquímica, na mecânica agrícola, na biotecnologia e no uso de energia não renovável. Entretanto, esse modelo tem sido amplamente questionado, tendo em vista o fato de ele ter seu foco na maximização de lucros, restringindo as dimensões sociais, éticas, culturais, bem como as questões ambientais. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a formação de acadêmicos do curso de agronomia do IFMT – Campus Campo Novo do Parecis e sua interface com a Agroecologia, buscando identificar as percepções do tema para a vida profissional. A pesquisa foi desenvolvida de julho a dezembro de 2011. Inicialmente, os dados sobre a origem e perfil vocacional foram coletados em 24 alunos do 6º semestre. A metodologia utilizada foi o “Grupo de Estudos”, com atividades alternadas entre discussões teóricas e experiências de campo sobre o tema Agroecologia. Após um convite a turma, o ingresso dos alunos aconteceu por adesão voluntária, sendo o grupo constituído por cinco deles que participaram de todas as etapas da pesquisa. Para as discussões teóricas, o grupo de estudos se reunia em sala de aula uma vez por semana. As atividades de campo, por sua vez, foram realizadas em área experimental, com diversas ações de base agroecológica. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: a) análise documental (plano de curso e matriz curricular); b) questionário; c) entrevista; e d) observação participante. O tipo de investigação adotada foi exploratória, descritiva e explicativa com uma abordagem que mescla os métodos quantitativos e qualitativos. Como estratégia de pesquisa, foi adotada o estudo de caso. Os resultados revelaram que a maioria dos pesquisados possui vínculo com o meio agrário, e que todos já tinham uma vaga noção sobre a Agroecologia. Entretanto, na maioria dos casos, essas concepções não eram bem definidas, chegando até mesmo a serem distorcidas. A experiência no grupo de estudos despertou a motivação dos alunos pela proposta agroecológica, tanto nas atividades teóricas como nas práticas de campo, ficando claro que houve uma boa aceitação da Agroecologia enquanto disciplina. Os indícios da incorporação desses conhecimentos foram constatados por relatos e observações sobre a atitude desses alunos no ambiente escolar e na comunidade ao entorno. Quanto à percepção da experiência para a sua formação profissional, a possibilidade de aliar “o aumento da produtividade à sustentabilidade”, foi apontada pelos alunos como um dos principais desafios para a agricultura do futuro. Evidenciou-se ainda a falta de conhecimentos para o enfrentamento desses desafios, e que os saberes agronômicos pertinentes à Agroecologia apresentam-se como lacunas na formação destes graduandos. |