Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Katy Lopes
 |
Orientador(a): |
Silva, Luna Rodrigues Freitas
 |
Banca de defesa: |
Silva, Luna Rodrigues Freitas,
Couto, Maria Cristina Ventura,
Uhr, Deborah |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
|
Departamento: |
Instituto de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14429
|
Resumo: |
Nos últimos anos cresceram as práticas de atenção voltadas para crianças e adolescentes, permitindo o acesso a uma rede pública e intersetorial de cuidados, de modo a oferecer um atendimento integral a essa parcela da população. Contudo, diversos desafios são enfrentados na construção do cuidado em rede, bem como no desenvolvimento de práticas sensíveis à saúde mental de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social. O presente trabalho objetivou investigar as estratégias adotadas, práticas e desafios na construção do trabalho em rede e implementação de ações intersetoriais no cotidiano dos serviços que realizam o cuidado as crianças e adolescentes. A pesquisa, de natureza qualitativa e enfoque metodológico hermenêutico-dialético, contou com 29 entrevistas de profissionais que se encontram atuando em serviços que atendem ao público infantojuvenil, nas áreas da saúde mental e assistência social. As falas dos profissionais foram organizadas em quatro categorias: percepção e concepção dos profissionais sobre ação intersetorial; ações desenvolvidas para promover a articulação da rede; desafios no trabalho de articulação da rede intersetorial; e percepção dos profissionais da assistência social sobre o trabalho de articulação com o CAPSi. No que diz respeito a concepção dos profissionais sobre ação intersetorial, rede ou intersetorialidade, observamos indícios de dificuldades em conceituar esses termos, contudo ao buscar defini-los os profissionais apontam a percepção do sentido e da importância de tais conceitos para a realização do trabalho com o público infantojuvenil. O encaminhamento foi citado como a principal ação intersetorial realizada pelos diversos serviços do município. A ‘pessoalização’ e a “boa vontade” são compreendidas como facilitadoras do trabalho em rede devido à ausência de ações intersetoriais formalizadas e os desafios estão relacionados a questões estruturais, assim como a rotatividade dos profissionais nos serviços. Conclui-se que existem esforços para a implementação de rede de serviços. No entanto, assim como ocorre em outros contextos, os dados nos impedem de afirmar que haja um trabalho em rede neste contexto, caracterizando-se como um conjunto de serviços e profissionais que prestam assistência sem as articulações necessárias. Se faz necessário maior investimento dos gestores nos serviços, assim como a formação continuada dos profissionais possibilitando a estes maiores conhecimentos das políticas e práticas que atendam o paradigma da atenção psicossocial no cuidado à criança e ao adolescente. |