Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Núñez, Brenda Nury da Costa
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Orientador(a): |
Menezes, Eurípedes Barsanulfo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13556
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Resumo: |
O sul do estado o Piauí está inserido em uma região que desde a década de 1990, é considerada uma das últimas fronteiras agrícolas do Brasil, esse processo intensificou-se por meio de implementação de grandes projetos para a produção de grãos, tendo como carro chefe a soja, voltada para a exportação. De um modo geral, as monoculturas estão sempre relacionadas a pragas, pois aumentam a oferta de alimento, beneficiando alguns grupos de organismos. Os térmitas ou cupins são considerados uma das pragas de maior problema em áreas urbanas, suburbanas e rurais, contudo este status só pode ser empregado a poucas espécies. Eles ocorrem nas áreas tropicais e temperadas, e em todo o mundo existem cerca de 2.800 espécies descritas, sendo destas aproximadamente 300 estão distribuídas no Brasil em quatro famílias: Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. Dentro deste contexto, o presente estudo teve como objetivo de determinar a distribuição e a diversidade de térmitas no ecótone cerrado/caatinga na região sul do estado do Piauí em área de vegetação natural e em áreas modificadas pela agricultura. Foi realizada no período de novembro de 2009 a fevereiro de 2010, a coleta ativa de cupins em transectos de área de um hectare, em área de vegetação preservada e monoculturas de soja, avaliando-se também a arquitetura dos ninhos epígeos, distribuição, volume, grupos alimentares, fauna associada, dominância, associação com a vegetação e o perfil edáfico das áreas de coleta. Na caatinga do sul do Piauí, observou-se que todos os cupins coletados na área de vegetação preservada pertenceram a uma única família (Termitidae), sendo 10 espécies identificadas: Armitermes sp., Constrictotermes cyphergaster Silvestri, Inquilinitermes fur (Silvestri), Inquilinitermes microcerus (Silvestri), Labiotermes longilabius (Silvestri), Nasutitermes sp1., Nasutitemes sp2., Spinitermes sp., Syntermes wheeleri Emerson e Syntermes molestus Burmeister. C. cyphergaster (42%), Nasutitermes sp1. (30%) e S. wheeleri (25%) foram classificadas como eudominantes, com base no número total de ninhos amostrados (n = 57). Nos ninhos de S. wheeleri, verificou-se a presença de cinco ordens de artrópodes (Aranae, Escorpiones, Coleoptera, Orthoptera e Isoptera) associadas. Nasutitermes sp1. apresentou nidificação somente em plantas arbóreas, ou seja, na canela-de-velho (Cenostigma macrophyllum, Caesapinioideae). No cerrado do sul do Piauí, apenas duas espécies de cupins foram encontradas área de monocultura de soja: Coptotermes sp. e Cornitermes silvestrii Emerson. Coptotermes sp. foi encontrada atacando árvores de Eucalyptus sp. e C. silvestrii em área de plantio de soja. O presente estudo demonstra que a fauna de térmitas neste ecótone corre risco de ser reduzida devido à destruição de seu habitat natural decorrente da implementação de monoculturas, ou, de selecionar espécies mais aptas a ser tornarem pragas diante da diminuição de seus inimigos naturais e da introdução de espécies botânicas ideais para seu estabelecimento. |