Padrões de distribuição e variação temporal de térmitas (Blattodea: Isoptera): uso como bioindicadores na amazônia central
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12477 http://lattes.cnpq.br/8258672293041810 |
Resumo: | Os térmitas são um grupo bioindicador com reconhecido potencial, porém poucos estudos visaram entender suas flutuações populacionais, algo primordial para sua utilização em programas de monitoramento. Avaliamos a congruência das composições taxonômicas e a o padrão temporal na distribuição espacial de assembleias de térmitas coletadas em 2008, 2009 e 2014. As coletas padronizadas foram feitas em 30 parcelas de 250 m distribuídas a cada 1 km em uma floresta tropical de terra firme. Excluindo os cupins sem soldado (Apicotermitinae), o número de espécies identificadas em 2008, 2009 e 2014 foi de 57, 53 e 44, respectivamente, totalizando 81 espécies. Para a assembleia coletada em 2014, incluindo os os Apicotermitinae morfotipados, foram feitos dois modelos de regressão múltipla. Foram utilizadas a proporção de argila no solo, inclinação do terreno, composição vegetal (representada por árvores, palmeiras e lianas) e altura da serapilheira como variáveis independentes. A composição taxonômica da assembleia total de térmitas foi reduzidas a um eixo via NMDS, e o subconjunto resultante da proporção de térmitas xilófagos em relação aos geófagos foram usadas como variáveis dependentes nos modelos de regressão. A composição taxonômica da assembleia total de térmitas teve correlação com a composição vegetal, enquanto a dos cupins xilófagos tiveram correlação com a composição vegetal e a serapilheira. Os Apicotermitinae foram excluídos das análises subsequentes. Modelos de regressão múltiplas foram feitos para as assembleias dos três períodos, utilizando as mesmas variáveis ambientais. A composição de espécies da assembleia de 2008 teve correlação significativa com a proporção de argila do solo, a de 2009 não teve correlação significativa com as variáveis, enquanto a de 2014 teve correlação com a composição vegetal. O teste de MANOVA não detectou diferença significativa entre a composição de espécies entre as assembleias dos três períodos. Análise de Procrustes demostrou que as assembleias coletadas nos três períodos estão correlacionadas. A similaridade entre as comunidades de estações diferentes (2008-2009) foi de 0.49 e a de seis anos de diferença (2009-2014) foi de 0.40. Para o subconjunto de espécies xilófagas, a similaridade entre estações diferentes foi de 0.56 e a de seis anos de diferença foi de 0.46. Portanto, tanto as assembleias coletadas em estações diferentes e próximas no tempo quanto as com seis anos de diferença mas da mesma estação climática, mantiveram graus de congruências similares. As abundâncias relativas das espécies mais abundantes, todas xilófagas, foram estáveis. A taxa de variação nas composições de espécies das parcelas entre anos diferentes não esteve correlacionada com as variáveis ambientais. Embora seja necessário entender melhor quais os fatores regulam a distribuição espacial deste grupo, sua estabilidade temporal, encontrada nesse estudo, aliada a sua resposta às mudanças ambientais, já documentada na literatura, reforça este táxon como um bioindicador que deve ser utilizado em programas de monitoramento. |