Pastagens no cerrado e a relação com os térmitas construtores de ninhos epígeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Sandra Santana de lattes
Orientador(a): Boddey, Robert Michael lattes
Banca de defesa: Pereira, Marcos Gervasio, Ceddia, Marcos Bacis, Cunha, Helida Ferreira da, Mercante, Fabio Martins
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9085
Resumo: A presença de ninhos epígeos de térmitas (cupins) em pastagens é comumente associada à degradação. Embora não haja consenso em relação aos danos causados por estes insetos construtores, a presença de ninhos epígeos nas pastagens tem sido considerada como sinal de degradação, deprecia a pastagem e em elevada densidade poderia reduzir a área útil de pastejo. Este trabalho objetivou avaliar a diversidade e as populações de térmitas durante o declínio da produtividade, vigor e qualidade da pastagem no Cerrado brasileiro. A pesquisa foi realizada em fazendas dos municípios de Rio Brilhante e Anaurilândia, ambos no Estado de Mato Grosso do Sul. Foram selecionadas e delimitadas áreas de pastagem com diferentes quantidades de ninhos de térmitas. No Capítulo I, conduzido em ambos os municípios, foram realizadas coletas para identificação dos térmitas e análises de 15N e 13C. Os ninhos foram avaliados em relação à quantidade por hectare; área ocupada; atividade dos térmitas e distribuição espacial dos ninhos. Foram identificadas 14 espécies, onde Cornitermes cumulans, que é consumidor de liteira, foi a mais observada; a análise de 13C indicou a gramínea forrageira braquiária como fonte alimentar das espécies; os valores de 15N evidenciaram diferentes concentrações isotópicas entre os grupos humívoro (entre 13 a 15‰), intermediários (11‰) e os comedores de liteira (de 2 a 5‰); a área ocupada pelos ninhos (0,26 a 1%) não representou prejuízo em termos de área de pastejo, e a distribuição espacial dos ninhos foi aleatória. No Capítulo II, conduzido em Rio Brilhante, MS, foram selecionadas três áreas de pastagens com presença e ausência de ninhos epígeos, foram avaliadas pelos indicadores de degradação: fertilidade do solo, granulometria, biomassa microbiana, nitrogênio potencialmente mineralizável, fração leve da matéria orgânica do solo (MOS), quantidade de liteira existente e depositada em 28 dias e macrofauna invertebrada do solo. Os indicadores testados não revelaram diferenças entre as áreas; apenas os parâmetros relacionados com a planta, rebrota e liteira, mostraram uma tendência numérica em diferir as áreas. No Capítulo III, conduzido em Anaurilândia (MS), avaliou-se em dezesseis áreas, a granulometria, fertilidade e quantidade de liteira existente. Não foi observado relação entre a quantidade de ninhos e os atributos químicos do solo. Houve relação negativa entre a quantidade de ninhos em função dos teores de MO e CTC, mostrando uma tendência de menor quantidade de ninhos com maior teor MO e CTC nessas áreas. A maior quantidade de ninhos em áreas com menor quantidade de liteira existente não foi evidenciada. A maior quantidade de térmitas construtores de ninhos epígeos não foi relacionada com os parâmetros de degradação avaliados; a densidade de ninhos nem sempre está relacionada com a idade da pastagem, mas pela forma de distribuição parece ser condicionada a fatores ecológicos