Levantamento e perfil de resistência à meticilina em bactérias do gênero Staphylococcus spp. isoladas a partir de cães do Setor de Acolhimento e monitoramento animal da UFRRJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Simões, Caio Nunes Christoffe lattes
Orientador(a): Souza, Miliane Moreira Soares de lattes
Banca de defesa: Souza, Miliane Moreira Soares de, Motta, Cássia Couto da, Holmstrom, Theresse Camille Nascimento
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20217
Resumo: RESUMO O gênero Staphylococcus spp. é formado por bactérias da pele de humanos e animais. Funcionalmente divididos em Estafilococos coagulase-positivos (ECP) e Estafilococos coagulase-negativos (ECN), esses microrganismos comensais podem, eventualmente, causar infecções oportunistas. Staphylococcus pseudintermedius resistente à meticilina (MRSP) e outras espécies de Staphylococcus spp. meticilina-resistentes (MRS) são espécies oportunistas que estão normalmente presentes na microbiota da pele, trato respiratório superior, trato gastrointestinal e cavidade oral de cães saudáveis. Os registros de infecções comunitárias relacionadas à assistência à saúde causadas por MRS, em especial Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), aumentam anualmente e geram graves consequências à saúde pública. A adoção é uma prática que deve ser estimulada na aquisição de um cão de estimação por famílias de todos os estratos sociais. A convivência com animais resgatados enriquece a vida das famílias e contribui para o bem-estar dos próprios cães. Entretanto, o convívio domiciliar pode promover o intercâmbio de espécies bacterianas entre cão e tutor, e com elas genes de resistência a antimicrobianos. O presente trabalho buscou identificar e caracterizar o perfil de resistência a beta-lactâmicos em 83 isolados de Staphylococcus spp. de diversas espécies, obtidos a partir de swabs colhidos na superfície corporal de cães disponíveis para adoção no Setor de Acolhimento e Monitoramento Animal (AMA) da UFRRJ. Objetiva-se contribuir para o entendimento da distribuição do gene mecA entre as cepas estafilocócicas circulantes na população de cães do Setor AMA, e o papel de Staphylococcus spp. da microbiota canina como reservatórios para a epidemiologia deste gene. Em um espaço amostral de 65 amostras, foram obtidos 83 isolados de Staphylococcus spp., 50,6% identificados como ECP e 49,4% como ECN de 14 espécies distintas. 21.7% dos isolados apresentaram o gene mecA. A análise dos dados revelou a presença de isolados meticilina-resistentes entre ECN e ECP no ambiente do abrigo, suscitando a implementação de medidas de vigilância sanitária e destacando a sua importância do ponto de vista de Saúde Única.