Juventude e reforma agrária: o caso do assentamento rural Paz na Terra, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, Maíra lattes
Orientador(a): Carneiro, Maria José Teixeira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11651
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar como o processo social e político de reforma agrária tem sido vivenciado pela juventude em um assentamento rural em fase de instalação. A juventude rural se constituiu em um tema de pesquisa no Brasil recentemente, emergindo junto à consolidação da categoria juventude nas políticas públicas e nos movimentos sociais rurais, como sujeitos de direitos e atores políticos. Porém a questão da inserção da juventude em contextos de assentamentos rurais é ainda um tema pouco pesquisado. Com o propósito de promover a interseção desses dois campos de pesquisa, foi realizado o estudo de caso sobre a juventude no Assentamento Rural Paz na Terra, na Região Norte Fluminense (RJ). A partir da observação do cotidiano das famílias assentadas, a pesquisa identificou quem eram os jovens por meio das representações sociais acerca dos mesmos e das esferas de sociabilidade em que transitavam no assentamento. Constatou-se que o lugar da juventude estava marcado pelas relações de hierarquia entre as gerações e pela reprodução dos tradicionais papéis de gênero, tal como tem sido verificado em outros contextos rurais. Ainda, a pesquisa identificou o pouco envolvimento dos jovens com o projeto de assentamento e a dificuldade de projeção futura em relação ao mesmo. Para os jovens, o sentido do assentamento, além de constituir-se um projeto de vida de seus pais, estava atrelado à ambigüidade das representações sociais sobre o campo, a cidade e as favelas.