Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Barros, Janne Paula Neres de
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Orientador(a): |
Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado |
Banca de defesa: |
Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado,
Marçal, Wilmar Sachetin,
Almosny, Nádia Regina Pereira,
Pitombo, Cícero Araujo,
Machado, Carlos Henrique |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10113
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Resumo: |
A ocitocina vem sendo utilizada com a finalidade de facilitar a ordenha e aumentar a produção leiteira. O compartilhamento da agulha pode veicular patógenos e levar a flebite além do desconforto na aplicação. Nas vacas leiteiras, ainda não foram descritas implicações metabólicas relacionadas ao uso contínuo de ocitocina. Dessa forma, buscou-se avaliar os efeitos da ocitocina em todo o período lactacional de vacas Holandes x Gir, com ênfase no metabolismo energético, proteico e perfil bioquímico hepático. O estudo foi realizado em uma propriedade no município de Resende, sul do Rio de Janeiro. Foram selecionadas 12 vacas mestiças (Gir x Holandês) com idade entre quatro e sete anos, com sete a 15 dias de paridas, sem sinais de enfermidades, estado geral bom (ECC 3,0 a 3,5), divididas aleatoriamente em dois grupos de tratamento instituído de acordo a forma de aplicação da OT na propriedade: grupo OT (GOT) - 0,3 ml (3 UI), por via intravenosa no início e no meio de cada ordenha; grupo controle (GCT) - sem OT. Amostras de sangue foram colhidas em intervalos de 15 dias, dos 15 aos 150 dias pós-parto e a última coleta com intervalo de trinta dias (180 dias pós-parto, DPP). Do soro determinou-se os valores de proteína total, albumina, ureia, bilirrubinas total e direta, glicose, colesterol e HDL, triglicerídeos, ácidos graxos não esterificados e beta-hidroxibutirato, utilizando-se kits comerciais segundo a especificação do fabricante. As concentrações de proteína total em ambos os grupos, GOT e GCT, foram elevadas dos 15 ao 105 DPP e aos 150 DPP no GCT. A albumina as concentrações foram normais em ambos os grupos no início da lactação, baixos aos 30 e de 105 a 135 DPP no GOT. A ureia ficou abaixo do valor de referência (23 mg/dL) no GOT aos 15 DPP e no GCT aos 15, 30 e 105 DPP. Houve concentrações menores no GCT em relação ao GOT em todos os momentos, exceto aos 90 DPP e com diferença estatística aos 30, 75 e 105 DPP. Na atividade sérica das enzimas AST e ALT não houve diferença significativa entre os tratamentos e para a AST, no GOT foi normal quando comparada a referência e alta no GCT aos 15 DPP e 135 DPP. As concentrações séricas das bilirrubinas total, direta e indireta permaneceram dentro dos limites de normalidade em todo o período. A glicemia apresentou-se com queda progressiva e constante de 15 a 120 DPP em ambos os grupos. Não se observou efeito da OT sobre a glicemia visto que o comportamento foi semelhante e sem diferença significativa entre os tratamentos (p<0,5). Os ácidos graxos não esterificados apresentaram-se com concentrações acima de 0,40 mmol/L (Kaneko et al.,2008), aos 45 e dos 135 aos 180 DPP no GOT e dos 135 aos 180 dias no GCT. As concentrações de beta hidroxibutirato foram elevadas tanto no GOT quanto no GCT em todos os momentos (Kaneko et al., 2008). Os valores de colesterol foram altos e crescentes no GCT (126 ± 63 a 190 ± 34 mg/dL) e no GOT (205 ± 45 a 243 ± 61 mg/dL) com diferença estatística entre os grupos de 15 aos 90 e 120, 150 e 180 DPP. No GOT, em nenhum momento os triglicerídeos estiveram abaixo dos valores de referência e o menor nível foi observado no GCT aos 30 DPP. A ocitocina exógena diariamente durante a ordenha de vacas mestiças leiteiras influenciou positivamente a produção leiteira e alterou os indicadores do perfil energético e proteico, confirmando a ação catabólica da ocitocina sem, no entanto, alterar o funcionamento hepático e sem acarretar alterações clínicas nos animais. |